
PCPR analisa áudios de ligações que envolvem os 4 desaparecidos em Icaraíma
O delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial divulgou uma nota com a atualização das investigações sobre o caso


A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está analisando os áudios de ligações que envolvem os quatro desaparecidos em Icaraíma. OBemdito divulgou o teor dos telefonemas no início da tarde desta terça-feira (12). Mais tarde, às 17h45, o delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial (7ª SDP) de Umuarama, Gabriel Menezes, confirmou que o material está sob análise.
“Alguns áudios circularam nas redes sociais, com diálogos de negociação para liberação dos reféns. A Polícia Civil informa que esses áudios são oriundos de pessoas próximas a família da vítima, do início das investigações, quando as vítimas tinham recém desaparecido. Ou seja, não se trata de contato recente de eventual sequestrador”, explicou.
Menezes acrescenta: “A Polícia Civil colheu esse material e vai analisar, buscando extrair o que possa ser útil para as investigações”.
O delegado-chefe divulgou uma nota com a atualização das investigações sobre o caso de Icaraíma. De acordo com o chefe da 7ª SDP, nesta terça não aconteceram diligências externas de buscas, pois a PCPR não localizou nenhum novo ponto para procura dos desaparecidos.
“No entanto, a estrutura logística pra tanto segue à disposição das forças de segurança, com cão de faro, sonar e aeronave. Além do correspondente efetivo da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Civil”, informou.
Novos rumos das investigações
Além dos trabalhos de buscas já realizados exaustivamente pelas equipes, a Polícia Civil faz outras diligências de investigação. Entre els, o delegado-chefe da 7ª SDP cita oitivas, busca por imagens e checagem de informações que chegam de forma anônima. Além disso, a PCPR pleitea medidas cautelares junto ao Poder Judiciário para obtenção de dados de interesse das investigações.
“O exato conteúdo dessas diligências não pode ser divulgado, por conta do sigilo inerente aos trabalhos investigativos”, argumenta o delegado.
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Por fim, Menezes explicou que não há como anunciar prazos para conclusão de laudos periciais ou da própria investigação. “Não é possível passar estimativas. O trabalho investigativo segue uma dinâmica diferente das diligências de buscas que vinham sendo realizadas até o momento. Enquanto o trabalho de buscas permite uma atualização mais frequente, as investigações demandam um tempo maior, podendo demorar semanas ou, dependendo das diligências, até meses”, finalizou.
Coletiva de imprensa sobre buscas aos desaparecidos
Na segunda-feira (11) as forças de segurança que atuam nas buscas pelos desaparecidos e na investigação fizeram uma coletiva de imprensa. Na ocasião, repassaram as informações coletadas até o momento, bem como os novos rumos do trabalho investigativo. Confira aqui.