
Golpe aplicado por suposto pastor em Umuarama já ultrapassa os R$ 4,5 milhões
A Polícia Civil de Umuarama segue investigando o caso de um suposto pastor que é suspeito de ter aplicado um […]

A Polícia Civil de Umuarama segue investigando o caso de um suposto pastor que é suspeito de ter aplicado um golpe milionário na cidade. De acordo com o delegado-chefe da 7ª Subdivisão Policial, Gabriel Menezes, o prejuízo às vítimas já ultrapassa R$ 4,5 milhões – o valor foi atualizado nesta quinta-feira (6).
Até o momento 33 boletins de ocorrência relativo ao caso foram registrados pela Polícia Civil. Segundo o delegado-chefe, as vítimas continuam relatando a mesma narrativa, de que repassavam valores para que Marcos Eleandro da Costa, com a promessa de devolução de 6%. As vítimas também informaram que ele operava no sistema Day Trade – quando o operador investe e desinveste no mesmo dia, com aplicações diárias.
Além disso, as vítimas relatam que conheceram o homem através de um trabalho que ele fazia junto a uma igreja de Umuarama. “Eles reforçam que chegaram e confiaram devido ao status religioso que ele possuía na comunidade de Umuarama. Alguns relatam que o conheciam e eram amigos pessoais há muitos anos”, comentou Menezes.
O delegado-chefe acredita que a investigação deve se estender por alguns meses, pois trata-se de um caso complexo pelo volume de vítimas, volume financeiro e de documentos. Sobre os antecedentes criminais do Marcos Eleandro, a Polícia Civil fez a averiguação e consta somente um registro de perturbação do sossego do ano de 2020.
RELEMBRE O CASO
Na segunda-feira, Gabriel Menezes informou que o suspeito se apresentava como Pastor Marcos Eleandro da Costa, e que seria integrante de uma denominação evangélica do município. Os relatos indicam que os repasses de dinheiro ao suposto estelionatário começaram em janeiro de 2022.
As vítimas informam ter repassado valores variados para o pastor e que ele faria investimentos na Bolsa de Valores. A promessa aos investidores era de retorno do valor aplicado acrescido de uma taxa de juros de cerca de 6% ao mês. Menezes comentou que o caso se assemelha ao do Sentinel Bank, que foi alvo de operação da Polícia Federal recentemente.
O delegado-chefe explica que as narrativas das vítimas são diversas. Alguns disseram que foram procurados pelo pastor, repassavam o dinheiro para aplicação e recebiam uma nota promissória como garantia. Em outros casos teriam firmado contratos e houve ainda quem relatou que fez a negociação através da empresa M. Costa Financeira, de propriedade do suspeito.
Menezes disse que a Polícia Civil recebeu um boletim de ocorrência de ex-funcionários do acusado que também teriam sido vítimas. O pastor teria desaparecido sem fazer pagamentos de verbas trabalhistas, com as quantias recolhidas das vítimas e sem fazer outros pagamentos.
Relembre o caso completo aqui.