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Prefeitura de Umuarama rebate críticas e anuncia investimentos no atendimento a autistas

Prefeitura nega cortes e fala em nova metodologia; mães criticam mudanças

Prefeitura de Umuarama rebate críticas e anuncia investimentos no atendimento a autistas
Redação - OBemdito
Publicado em 10 de setembro de 2025 às 13h04 - Modificado em 10 de setembro de 2025 às 15h33

A Prefeitura de Umuarama reforçou nesta quarta-feira (10) seu compromisso com a ampliação e a qualidade do atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em coletiva realizada no Anfiteatro Haruyo Setogutte, representantes da administração municipal responderam a críticas de famílias e esclareceram pontos sobre o funcionamento do Instituto de Atendimento ao Indivíduo com Transtornos do Espectro Autista (IAI-TEA).

Participaram da entrevista coletiva a procuradora-geral Rosane Stédile Pombo Meyer, a psicóloga e coordenadora do IAI-TEA, Dayse André, o secretário de Comunicação, Raimundo Aparecido do Nascimento, além de familiares de pacientes.

Investimentos e ampliação

Segundo a prefeitura, os investimentos na área devem ultrapassar R$ 3,1 milhões em 2025, sendo R$ 2 milhões destinados a clínicas particulares e R$ 1,2 milhão ao instituto. O prefeito Fernando Scanavaca destacou, em nota, que o município segue determinações judiciais, corrige sobreposições e busca dar mais eficiência ao uso dos recursos.

“Houve casos de pacientes submetidos a até 20 horas de terapias em um único dia, por conta da duplicidade de serviços. Estamos corrigindo isso para garantir qualidade e melhor distribuição do atendimento”, afirmou o prefeito.

Atualmente, o instituto atende 92 pacientes, mas deve ampliar para 130 nos próximos meses. Desde a inauguração, em setembro de 2023, o serviço saiu de apenas oito pacientes para a estrutura atual, que já conta com 20 aplicadores terapêuticos contratados.

A coordenadora Dayse André ressaltou que os profissionais passaram por treinamento específico, o que atrasou o início imediato dos atendimentos.

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Entre os pontos questionados por mães está a periodicidade das terapias alimentares

Resposta às críticas

A prefeitura reconheceu a fila de espera, hoje com 392 crianças, mas afirma que está empenhada em reduzir o tempo de atendimento. Para a administração, parte das reclamações surge da falta de informações precisas.

“Infelizmente, circulam fake news e comentários sem embasamento técnico. Reafirmamos o compromisso com a qualidade do atendimento, o respeito às famílias e pacientes e o reconhecimento da dedicação dos profissionais”, disse o prefeito.

Entre os pontos questionados por mães está a periodicidade das terapias alimentares, que passaram de semanais para mensais, e a diferenciação entre níveis de autismo. A coordenadora do instituto afirmou compreender as preocupações, mas reforçou que os ajustes são necessários para permitir o acesso de mais famílias ao serviço.

O próximo passo

A administração municipal assegura que continuará investindo na ampliação do atendimento especializado e defende que o debate seja pautado em dados técnicos e na realidade orçamentária do município.

“O motivo da nossa angústia é o mesmo das famílias: atender todas as crianças que precisam. Estamos ampliando a estrutura e acreditamos que, com os investimentos previstos, daremos um salto significativo em 2025”, concluiu Dayse André.

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