
Aumenta o número de idosos abandonados por suas famílias em Umuarama
Representantes de igrejas cristãs, locas maçônicas, centros espíritas, OAB, Rotary, Lions e entidades que atendem à população idosa participaram, na […]


Representantes de igrejas cristãs, locas maçônicas, centros espíritas, OAB, Rotary, Lions e entidades que atendem à população idosa participaram, na manhã desta sexta-feira (7), da palestra “Abandono de Pessoas Idosas – Uma triste realidade da sociedade atual”, com o advogado Ivo Galdino da Silva, presidente do Conselho Municipal da Pessoa Idosa de Umuarama e coordenador do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas).
A modernidade, onipresente nos dias de hoje, contribui para a desvalorização da ancestralidade, na observação de Galdino. “A cultura do imediatismo, a supervalorização das tecnologias, a questão do relativismo social, ou seja, a determinação do ‘não preciso falar sobre isso’, todos esses fatores contribuem para que as novas gerações não valorizem a experiência, as histórias e a importância que um idoso representa para a construção de uma sociedade”, afirmou.
O objetivo do encontro, pontuou Galdino, é pedir para que todos se unam na luta na campanha pela valorização do idoso, frisando que eles não são descartáveis e abandoná-los é crime.
“Ao mesmo tempo em que observamos o aumento da população idosa, vemos o aumento dos casos de abandono em todas as suas formas: material (há familiares que se apropriam das aposentadorias), afetivo (não têm o mínimo interesse por suas histórias de vida), intelectual (sabedoria e experiência não têm valor no Brasil) e, o pior de todos, o desprezo – cada vez mais os idosos têm sido abandonados em hospitais e clínicas: as famílias deixam o idoso internado e desaparecem”, relata.
Em Umuarama, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2010 havia 12.735 idosos e em 2021 são 19.868 – um aumento de 56% em 11 anos. “E tem mais: até 2060, uma em cada três pessoas terá mais de 60 anos, ou seja, um terço dos seres humanos serão idosos. Ou nos unimos na luta pela valorização e respeito ao idoso desde já, ou as consequências sociais podem ser drásticas quando falamos em qualidade de vida”, alertou.
O presidente do CMDPD destacou ainda que é muito comum que jovens acreditem que nunca vão envelhecer. “É algo inerente à juventude esse sentimento de imortalidade, essa certeza de que a idade vai demorar muito para chegar. Quanto mais atividades, encontros, ações e campanhas desenvolvermos para alertar os jovens sobre a certeza de que um dia eles ficarão velhos, melhores resultados teremos nesse sentido de oferecer ao idoso mais e melhores condições de vida”, pontuou.

A secretária de Assistência Social de Umuarama, Adnetra Vieira dos Prazeres Santana, comentou que o estabelecimento de parcerias com entidades e voluntários é fundamental para conscientizar crianças, adolescentes, jovens e adultos sobre a importância que o idoso tem na sociedade.
“Não é apenas por tudo o que ele já fez pela construção de nossas cidades, mas para que se possa aprender sobre o passado para valorizar o presente e repensar o futuro”, ressaltou.
Ela acrescentou que a administração municipal tem a determinação de ampliar o olhar para o idoso e, por isso, uma série de programas estão sendo estruturados e devem ser iniciados em 2023. “Vamos, com a ajuda e o apoio de todos vocês, inserir cada vez mais o idoso em eventos, em programas e atividades esportivas e sociais”, finalizou, frisando que o Disque 100 é o número que todos podem usar para denunciar maus-tratos e abandono de idosos.
(Assessoria PMU)
