
Idosos recebem orientações sobre prevenção à transmissão de doenças sexuais
Pessoas na faixa dos 60 anos ou mais que frequentam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos Idosos […]


Pessoas na faixa dos 60 anos ou mais que frequentam o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos Idosos (SCFVI) de Umuarama receberam orientações e puderam esclarecer dúvidas sobre infecções sexualmente transmissíveis (as chamadas ISTs) durante bate-papo com o médico Ricardo Perci, do Ambulatório de Infectologia da Secretaria Municipal de Saúde.
A palestra foi realizada na última quinta-feira (17), no auditório do Centro da Juventude (Ceju). A ação foi realizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e pela coordenação do SCFVI, com apoio da Secretaria de Saúde. O médico explicou que apesar do estigma de que os idosos estão no ‘fim da vida’, a realidade é bem outra.
“Percebemos que cada vez mais idosos mantém a atividade sexual depois dos 60 anos, além de realizar atividades físicas e cuidar melhor da saúde. Com o aumento da expectativa e da qualidade de vida, é preciso manter os cuidados também com as ‘doenças venéreas’, como eles costumam falar”, afirmou.
Especialista em infectologia, o médico utilizou uma linguagem bem acessível para explicar que as doenças sexuais não escolhem idade. “Acompanhamos pacientes jovens e outros com mais de 70 anos no ambulatório. Não queremos que ninguém adoeça, por isso temos de intensificar a prevenção e a orientação é o melhor caminho”, disse Ricardo Perci.
A palestra teve a presença da secretária municipal de Assistência Social, Adnetra Vieira Santana, da chefe da divisão de Proteção Social Básica, Dayanne Demozzi, e da coordenadora do SCFVI, psicóloga Débora da Mata.
Segundo dados do ambulatório de infectologia, Umuarama tem hoje cerca de 1.200 pessoas de todas as idades em acompanhamento de ISTs – o maior volume é de contaminados pela sífilis (389), portadores de HIV (Aids), com 367 pacientes, hepatite B (220) e hepatite C (122).
O médico reforçou que, apesar da prevalência sexual, as doenças também podem ser transmitidas por materiais contaminados, contato de sangue e uso de medicamentos ou drogas injetáveis sem o devido cuidado.
“Ainda registramos casos de transmissão de mãe para filho na região (durante a gravidez) e por meio da amamentação”, acrescentou, reforçando a atenção para detalhes das principais ISTs – herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV e pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.
Orientou sobre os cuidados para evitar o contágio e as medidas a serem tomadas em caso de suspeita, bem como os tratamentos oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
(Assessoria PMU)