Graça Milanez Publisher do OBemdito

Feirante incrementa vendas de sua barraca com maçã do amor

Rosângela vende brinquedos na feira de sexta, a realizada em frente ao Centro Industrial Diversificado

Rosângela Pinheiro exibe as maçãs do amor que faz: experiência e calma levam a um resultado ‘perfeito’. Foto: Danilo Martins/OBemdito.
Feirante incrementa vendas de sua barraca com maçã do amor
Graça Milanez - OBemdito
Publicado em 22 de novembro de 2022 às 12h32 - Modificado em 21 de maio de 2025 às 19h19

Maçã do amor exala cheiro de romance. Impossível um nostálgico olhar para essa fruta coberta com uma calda açucarada brilhante e vermelha, a cor da paixão, e não se sentir envolto por essa atmosfera. Em festas juninas, tradicionalmente, é opção perfeita para os galanteios: o namorado compra para a namorada e os dois vivem o deleite de saboreá-la, juntos.

Mas quando pensamos pelo modo ‘razão’, a maçã do amor é simplesmente uma gulodice que atrai, e muito, também crianças; para elas estes devaneios líricos não existem: o que importa, mesmo, é o sabor que satisfaz seus desejos por um doce.

Parece automático. Imagine a cena: a menina Sofia Aguiar, 5 anos, chegou à feira de sexta com a vó e, ao passar diante da barraca da feirante Rosângela Pinheiro, que vende maçã do amor, pediu uma e, em questão de segundos, já tinha dado umas duas ou três mordidas.

“Eu gosto muito de maçã do amor”, exclamou rapidinho à reportagem, como quem não queria perder tempo com conversa. Nesse ritmo, ela provava que, igual a milhares de crianças, tem essa gula palpitante pela iguaria. A vó, que comprou, mostra-se satisfeita, afinal, como dizem, “vó é mãe com açúcar”.

Rosângela vende brinquedos na feira de sexta, a realizada em frente ao Centro Industrial Diversificado [barracão do extinto IBC]. Há vinte anos está nessa empreitada. Quando viu que podia complementar a renda do negócio com maçã do amor, não teve dúvida: colocou-a à disposição dos clientes.

“Tudo o que faço, vendo”, orgulha-se. Ela conta que passa horas em frente ao fogão para caramelizar uma a uma. E, pelo que se vê, faz com muito capricho, porque as maças são lindas e, como atestou Sofia, gostosas!

“Não é muito fácil acertar o ponto da calda para deixar todas assim, com essa aparência ‘perfeita’, mas com os anos de experiência que tenho, e com muita calma, eu consigo… porque ela [a maçã] precisa ficar crocante, nunca grudenta”, conta a feirante, que mora na Avenida Rio Grande do Norte, em Umuarama.

Maçã do amor, a origem

Ora, veja só: a maçã do amor foi inventada no Brasil, por uma família espanhola, que patenteou o doce em 1959, com esse nome. A inspiração para a criação veio dos doces caramelizados chineses.

Segundo o site da Associação Brasileira de Produtores de Maçã, à época, “os galanteadores presenteavam as moças com o doce em um ato de romantismo. E a data preferida para esse gesto era com certeza o Dia dos Namorados”. Logo passou a ser atrativo também das Festas Juninas e dos parques de diversões.

Do Brasil para o exterior, a iguaria ganhou fãs e motivou a criação de   bebidas largamente apreciadas, como o licor de maçã do amor e o xarope de maçã do amor.

Gostosa, mas calórica

Importante lembrar e destacar que a maçã é uma fruta nutritiva e, por isso, está sempre presente em listas de alimentos saudáveis. Já a maçã do amor…

A camada de açúcar que envolve a maçã do amor é bem calórica, afinal é feita praticamente só com açúcar [e corante]. Para se ter uma ideia: uma maçã tem aproximadamente 60 calorias; com a calda, passa para mais de 400. Por isso os nutricionistas alertam para que seja apreciada com moderação.

A menina Sofia, que ama maçã do amor
Maçãs do amor da Rosângela Pinheiro: atraentes e feitas no capricho

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