PT e PDT de Umuarama denunciam manifestações partidárias ao MPPR

Nesta quinta-feira (15), os presidentes locais do PT (Partido dos Trabalhadores) e do PDT (Partido Democrático Trabalhista), Edilson Gabriel e Bruno Camargo, respectivamente, compareceram ao Ministério Público para denunciar os atos considerados antidemocráticos dos partidários do presidente Jair Bolsonaro (PL) na cidade de Umuarama.

As denúncias foram recebidas pelo promotor responsável pela Comarca, o Dr. Fabio Hideki Nakanishi. No texto, os denunciantes afirmam que tinham conhecimento das investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal e pela Justiça Federal, porém decidiram apresentar ao MPPR infrações que vêm sendo cometidas no âmbito da administração pública do estado e do município.

O texto pede investigação da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) por fornecer infraestrutura para realização das manifestações dos apoiadores de Jair Bolsonaro, haja vista que os manifestantes penduraram faixas no alambrado em frente ao terreno pertencente à Sanepar, na região do Tiro de Guerra de Umuarama.

Na denúncia eles também pedem a investigação da Prefeitura de Umuarama pelo não cumprimento do Código de Posturas, permitindo a instalação de barracas na calçada do Tiro de Guerra. A denúncia ainda reclama a obstrução diária e ilegal da Avenida Duque de Caxias, em frente ao estabelecimento militar.

Além dos atos antidemocráticos, também foi protocolada uma outra denúncia, assinada apenas pelo PT, reclamando o abuso de autoridade de agentes de trânsito. No dia 30/10, simpatizantes do presidente eleito, teriam sofrido várias autuações enquanto comemoravam a eleição de Lula. Porém, na mesma data, bolsonaristas que teriam cometido as mesmas infrações de trânsito durante uma carreata não foram autuados.

O presidente do PT também lembrou, em sua denúncia, que torcedores do Flamengo, na véspera da eleição, no dia 29/10, saíram as ruas para o comemorar o título da Libertadores e, da mesma foram, não foram autuados, embora tivessem cometido infrações ainda mais graves que as verificadas no dia 30.

Ao final da audiência, Edilson e Bruno frisaram que não pretendiam discutir o direito de manifestação, mas que entendiam que elas não podem atentar contra a democracia do país. Também afirmaram que valorizam os agentes públicos, mas que estes precisam sempre agir de maneira republicana, cumprindo a Lei sem nenhum tipo de discriminação ou preferência político-partidária.

OBemdito procurou a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Umuarama, mencionada no texto, que preferiu não se manifestar no momento por não ter sido comunicada oficialmente sobre a denúncia. Já a Sanepar emitiu uma nota onde afirma que a denúncia não faz sentido, pois segundo eles, o material foi colocado sem conhecimento ou autorização da Sanepar.

Participe do nosso grupo no WhatsApp e receba as notícias do OBemdito em primeira mão.