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Cresce número de sepultamentos em Umuarama nos últimos meses

Entre março e maio foram realizados mais de 100 enterros por mês na cidade

FOTO: Danilo Martins/OBemdito
Cresce número de sepultamentos em Umuarama nos últimos meses
Redação - OBemdito
Publicado em 20 de junho de 2021 às 11h42 - Modificado em 23 de maio de 2025 às 04h08

O número de sepultamentos no Cemitério Municipal em Umuarama cresceu em torno de 40% nos últimos meses. A demanda crescente vem sendo percebida pela Administração de Cemitérios e Serviços Funerários (ACESF) desde fevereiro deste ano.

A média de sepultamentos no início do ano ficava em 70 por mês. Porém, entre março e abril os números saltaram. Em março foram 117, abril e maio 105. O mês de junho ainda não finalizou, mas a média deve ser alta, isto porque apenas em três dias nesta semana foram 24 sepultamentos.

“O ano passado em  uma época como essa o número de sepultamentos aqui na cidade estava dentro da média. O começo da pandemia foi tranquilo, porque muitas pessoas estavam respeitando. Agora aumentou muito. Tem dias que chegamos a fazer até 10 sepultamentos”, destacou o Diretor da Acesf Alexandre Gobbo Maroto.

Para atender a alta demanda a ACESF precisou fazer adaptações e adequações com funcionários para dar conta dos atendimentos. Além de velórios e sepultamentos, os funcionários também fazem o translado de pessoas mortas e preparação de corpos.

”A pandemia nos trouxe uma grande correria. As mortes corriqueiras continuam acontecendo e as mortes por covid e pós também. Com isso, precisamos adequar nossos funcionários. Não deixamos de atender. Temos hoje, 7 agentes funerários, 4 motoristas, equipes administrativas. E quando há um grande fluxo nós mexemos nas escalas e conseguimos dar conta dos altos atendimentos”, destacou Alexandre.

As mortes por covid e pós requer um tratamento diferenciado. As equipes precisam estar paramentadas. “Quase todos os dias sepultamos aqui uma vítima do coronavírus. Os motoristas viajam para outras cidades para fazer o translado e depois organizamos os enterros e explicamos para as famílias os procedimentos que precisam ser adotados conforme protocolos do Ministério da Saúde”, reforçou Alexandre.

A estrutura física e a vida útil do cemitério precisaram ser adequada para suprir a alta demanda de enterros. “Desde 2018 estamos mexendo em todo espaço físico por aqui. Temos o gavetário com 400 espaços, além de novas covas e quadras que foram abertas para melhorar a estrutura e também para dar conta do alto fluxo”, enfatizou.

A nova quadra aberta já tem muitas sepulturas que foram e estão sendo ocupadas. Uma empresa terceirizada foi contratada para executar os novos túmulos. “Nossa equipe auxilia, mas eles ficam responsáveis pela limpeza, por ajudar em outras demandas que são necessárias. Como cresceu o número de enterros, obviamente precisamos abrir novas covas”, lembrou.

Alexandre lembra que o aumento nos números de mortes estão relacionados a todos os tipos, entre elas: mortes naturais, acidentes, e também as mortes ligadas ao coronavírus. “Em maio e junho costumeiramente acontece muitas mortes de pessoas idosas em residências. O frio também favorece, mas neste ano , o que tem chamado atenção são as que tem ligação com a contaminação da covid”, enfatizou.

O setor funerário ficou sobrecarregado nos últimos tempos. São dias difíceis e tempos sombrios que muitas famílias estão vivendo por conta dessa triste pandemia. “Aqui houve um sobrecarregamento entre todos os funcionários. Além disso precisamos lidar com as dores das famílias, muitas não entendem que seu ente precisa ser sepultado sem os ritos fúnebres. E isso mexeu com o psicológico de muitas pessoas. “Aprendemos todos os dias a lida com isso e orientamos todos os familiares. E em casos de dúvidas, pedimos que qualquer desconforto e incerteza seja visto diretamente com os hospitais. Aqui na Acesf seguimos apenas os protocolos da saúde em relação ao coronavírus, finalizou.

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