
Homem que teve casa invadida por família desabrigada retira moradores do local
O empresário Ernesto Lucio conseguiu retirar, no último sábado (4) a família de moradores sem teto que invadiu sua casa […]


O empresário Ernesto Lucio conseguiu retirar, no último sábado (4) a família de moradores sem teto que invadiu sua casa na última quinta-feira (2) no Residencial Tuiuti, em Maringá. Segundo informações, ele teria colocado os móveis da família na frente da casa e desde então eles não mais retornaram ao local.
A situação inusitada teve início por volta das 21h de quinta-feira, quando o maringaense recebeu uma ligação de um amigo perguntando se ele havia alugado ou vendido a casa. Diante da negativa na resposta, Ernesto descobriu que o local havia sido ocupado pela família.
“Eu peguei o carro, desci lá, vi o pessoal lá dentro e liguei pra polícia. Aí a polícia pediu pra não ficar na frente do imóvel, que é perigoso ter algum conflito, aí eu saí, fiquei esperando a viatura. A viatura chegou, aí ficou aquela discussão ali na frente, falaram que não podiam retirar eles, e aí hoje eu pensei em chamar a imprensa pra ver o que poderiam fazer pra me ajudar. Mas a mulher falou que foi o Cras que falou pra ela invadir, que ela não ia sair da casa, que ela tem criança. Agora eu to pagando energia pra eles, água… tão tudo lá usando dentro da minha casa”.
Na data da invasão, o local estava abrigando dois homens, uma mulher e quatro crianças.
Segundo o proprietário, a casa foi invadida por dois homens, uma mulher e quatro crianças. “Isso ontem (quinta-feira, 2). Hoje (sexta-feira, 3), eu cheguei e tinha mais duas mulheres lá dentro da casa. Já ‘tavam’ limpando, arrumando a casa pra morar lá”, relatou.
Um boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso, porém foi somente no sábado (4) que Lucio conseguiu retirar a família do local quando aproveitou uma saída dos moradores e colocou os móveis deles na calçada. Desde então, eles não retornaram mais à residência, afirmou ele, ao GMC.
“Não ia ficar na rua com as minhas filhas”
Uma das mulheres que invadiu a propriedade disse à Rede Massa que é mãe de quatro crianças, e que o marido, a avó dela e um outro rapaz estavam ali para ajudar com a organização. Ela afirma que está desempregada e portanto não tem onde morar com as crianças, e por isso foi orientada pelo Cras a invadir outra propriedade depois de ser despejada da casa onde vivia.
“Eu tenho inscrição (no Cras), e uma amiga minha falou pra eu invadir uma casa, porque o Cras tem que dar minha casa. Aí eu conversei com a assistente social e ela falou que o melhor é eu tentar entrar em uma casa que assim eu consigo uma casa mais rápido”.
Ainda em entrevista, a mulher disse que não escolheu aquela casa específica para invadir. “Eu passei por aqui, vi a casa, e falei: é essa daqui. É como eu falei pro dono da casa, não foi por querer a casa dele, porque se eu não tivesse invadido essa tinha invadido outra. Eu não ia ficar na rua com as minhas filhas”.
Nota de esclarecimento
Em nota, a Prefeitura de Maringá publicou um esclarecimento onde nega qualquer tipo de orientação para a ocupação irregular de imóveis. Leia abaixo:
A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Assistência Social, informa que não há orientação para ocupação de imóveis de forma irregular. Os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) são responsáveis pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais, promovendo o acolhimento, a convivência e a socialização. As unidades oferecem serviços de proteção social básica, como o Cadastro Único, que permite o acesso a diversos programas sociais para a população em situação de vulnerabilidade social. No local, as famílias recebem orientações sobre seus direitos e são encaminhadas para a rede de Assistência Social e outras políticas públicas. O município destaca que a mulher é acompanhada pelos serviços da Secretaria de Assistência Social e possui benefícios socioassistenciais.
(Redação, com informações GMC Online)