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Morre ao sair de casa para buscar pizza o autor do assalto mais longo do Brasil, ocorrido em Goioerê

Gélio Nelsi da Silva, de 58 anos, que participou do famoso assalto à uma agência do Banco do Brasil em […]

Foto: Fernando Moreira/Arquivo O Globo
Morre ao sair de casa para buscar pizza o autor do assalto mais longo do Brasil, ocorrido em Goioerê
Redação - OBemdito
Publicado em 1 de março de 2023 às 18h41 - Modificado em 21 de maio de 2025 às 13h35

Gélio Nelsi da Silva, de 58 anos, que participou do famoso assalto à uma agência do Banco do Brasil em 1988 – que é considerado o mais longo assalto do país, durando 144 horas – foi assassinado à tiros na frente de sua casa, em Campo Verde (MT), quando foi ao portão buscar uma pizza.

De acordo com a PM, a esposa de Gélio contou que após o marido ir até a frente da casa ela ouviu dois estampidos e gritos de socorro. Na rua, ela viu o marido se contorcendo no chão e pediu socorro. Mais tarde foi confirmado que ele havia sido baleado duas vezes na região da barriga.

O entregador disse que havia acabado de deixar a pizza com o cliente e estava pronto para sair com a moto quando viu a vítima ser baleada e cair no chão. Nenhuma testemunha conseguiu dizer de onde saíram os tiros que atingiram Gélio, que foi socorrido porém não resistiu aos ferimentos.

Gélio cumpriu pena por 11 anos na Penitenciária Central do Estado (PCE) do Mato Grosso e seguia em liberdade condicional desde 2018, quando se mudou para Campo Verde.

Mais longo assalto do país

No dia 1º de julho de 1988, dois assaltantes invadiram a agência do Banco do Brasil de Goioerê e deram início ao que posteriormente se tornaria o mais longo assalto de toda a história do Brasil. Foram sete dias de negociações e reviravoltas até que a dupla fugiu e foi capturada em uma emboscada no Paraguai, semanas depois do crime.

Um dos assaltantes morreu, porém Gélio Nelsi da Silva, que na época tinha 23 anos, foi preso pela primeira vez. Ele teve várias passagens pelo sistema carcerário até que em março de 2018, 30 anos após o crime, recebeu o benefício do regime semiaberto e passou a viver seus dias em Campo Verde, no Mato Grosso.

O assalto se estendeu por vários dias e contou com certas nuances de drama e até falha em negociações. Em determinado momento, a polícia concordou em ceder um Opala para a fuga dos bandidos, porém alteraram o medidor para parecer que o veículo estava abastecido, quando na verdade estava com o tanque vazio. Assim que a dupla percebeu a armadilha, retornaram para a agência com novas demandas.

A polícia chegou a cumprir uma das exigências, cedendo um avião para que os criminosos fugissem levando 20 milhões de Cruzados, que hoje seria o equivalente a R$ 1,1 milhão.

Três semanas depois, no dia 27 de julho, Gélio e seu parceiro foram descobertos no Paraguai, onde foram cercados e trocaram tiros com policiais brasileiros e soldados paraguaios. Ao fim o comparsa de Gélio, Sidney Rezende, de 27 anos, foi morto. Gélio foi ferido no rosto e preso na hora.

O assaltante foi acusado pelos crimes de sequestro, roubo, falsificação de documentos, formação de quadrilha e crimes hediondos. As penas somadas o manteriam preso até 2091, porém, devido aos seus vários problemas de saúde, ele conseguiu uma progressão para regime semiaberto quando tinha 53 anos.

Ele então passou a viver em Campo Verde monitorado por uma tornozeleira eletrônica.

(Redação, com informações GoioNews e O Globo)

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