
Pela primeira vez na história, foguete estrangeiro é lançado a partir de base brasileira
Aconteceu, às 14h52 do último domingo (19), o lançamento suborbital do foguete HANBIT-TLV, a partir do Centro de Lançamento de […]


Aconteceu, às 14h52 do último domingo (19), o lançamento suborbital do foguete HANBIT-TLV, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O veículo, de origem sul-coreana, não é tripulado e a tecnologia poderá ser utilizada para experimentos.
O lançamento é parte da Operação Astrolábio, que surgiu de uma parceria da Força Aérea Brasileira (FAB) e da empresa sul-coreana Innospace. Esta foi considerada a primeira vez que uma empresa privada faz esse tipo de ação no Brasil.
Segundo Carlos Moura, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB) – uma das apoiadoras do projeto – o lançamento marca um novo capítulo da atividade espacial no país, pois abre janelas para novos lançamentos comerciais que já estão em negociação.
Assista ao vídeo do lançamento logo abaixo:
HANBIT-TLV
O veículo tem carga útil 100% brasileira: sendo um lançador de satélites não tripulado que mede 16,5 metros e pesa 8,h toneladas.
O principal diferencial do HANBIT é o emprego inédito da tecnologia de propulsão híbrida como combustível de foguetes nesta categoria. Além dessa tecnologia, o foguete utiliza um sistema de alimentação por bomba elétrica, ou seja, com propulsores à base de oxigênio líquido e uma mistura de parafinas, o que proporciona composição química estável, fabricação mais rápida e de menor custo.
O veículo é equipado com a carga útil denominada Sistema de Navegação Inercial (SISNAV), desenvolvida pelos militares e profissionais civis do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o qual faz parte do DCTA.
O SISNAV é um experimento tecnológico brasileiro essencial para a navegação autônoma de foguetes, que pode permitir ao Brasil caminhar em direção à independência no desenvolvimento de veículos para lançamentos de satélites de todos os tipos.
O veículo não passa por áreas habitadas e os pontos de impacto do propulsor e da carga útil, que caem no Oceano Atlântico, ocorrem a mais de 50 km da costa, não oferecendo perigo à população.

(Redação e CNN Brasil)