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Leitos SUS do hospital Norospar estão 100% ocupados por crianças, afirma coordenador

Além destes, 80% dos leitos particulares do hospital estão sendo ocupados por crianças também do SUS

Leitos SUS do hospital Norospar estão 100% ocupados por crianças, afirma coordenador
Redação - OBemdito
Publicado em 1 de abril de 2023 às 16h05 - Modificado em 21 de maio de 2025 às 11h34

O Dr. Kelson Ferrarini, Coordenador de Pediatria e da UTI Pediátrica e Neonatal do Norospar, confirmou, na manhã deste sábado (1º), que o hospital está enfrentando uma crise de superlotação devido ao aumento significativo de crianças com síndromes gripais em Umuarama. De acordo com ele, atualmente 100% dos leitos SUS (Sistema Único de Saúde) do Norospar estão ocupados para atendimento destas crianças e mais de 80% dos leitos particulares estão acomodando crianças do SUS.

Em um vídeo disponibilizado pelo Movimento Saúde, o coordenador afirmou que ainda é incerto explicar qual o motivo para o aumento vertiginoso dos casos em crianças, porém pode ser que a mudança da sazonalidade do vírus – que antes eclodia no período do inverno – seja decorrente da pandemia de Covid-19, retorno das aulas ou até mesmo por uma mutação natural do Influenza.

“A gente sabe hoje que os hospitais responsáveis pelos atendimentos de crianças, os Pronto Atendimentos, o Pronto Socorro, unidades de saúde e clínicas particulares estão lotados de atendimento de crianças com síndromes gripais”, explicou Ferrarini. “Esse panorama vem aumentando principalmente nessas duas últimas semanas”.

O profissional também afirma que os quadros mais comuns, em especial para crianças de até 2 anos, são os envolvendo febre alta, tosse isolada ou acompanhada de falta de ar por esforço respiratório, vômito diarreia e manchas no corpo e em alguns casos, queda da oxigenação. “Esses sinais devem ser imediatamente identificados em pronto socorros ou unidades de saúde”, afirmou.

Prevenção

Ainda de acordo com o pediatra, há adoção de algumas práticas que podem contribuir para prevenir complicações, como a lavagem e higienização das mãos com água, sabão e álcool 70%; manter o calendário vacinal sempre em dia; manter uma boa alimentação; e evitar locais com aglomerações. “Lugares fechados com pessoas doentes”, exemplificou.

Mudança nos vírus

Segundo Ferrarini, também foi observado nos últimos tempo uma certa mudança na sazonalidade dos vírus. O que antes era esperado de vírus como por exemplo o H1N1 – a gripe comum -, que outrora surgia durante o inverno, agora tem surgido antes do período esperado. “Ainda vamos precisar de mais estudos para entender por que isso está acontecendo”.

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