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Polícias Civil e Militar estão apurando casos de notícias falsas de ataques em escolas de Umuarama

O policiamento na cidade foi intensificado e todas as pessoas envolvidas serão responsabilizadas

Polícias Civil e Militar estão apurando casos de notícias falsas de ataques em escolas de Umuarama
Redação - OBemdito
Publicado em 12 de abril de 2023 às 14h01 - Modificado em 21 de maio de 2025 às 10h55

As polícias Civil e Militar de Umuarama convocaram uma entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (12) para reforçar a informação de que possíveis ataques a colégios da cidade não passam de notícias falsas. De acordo com as informações repassadas na reunião, houveram 3 situações distintas na região, porém em todos os casos os fatos eram brincadeiras de mau gosto realizados pelos alunos.

Durante mais de 10 minutos o delegado-chefe da 7ª SDP (Subdivisão Policial), Gabriel Menezes, e o comandante do 25º BPM (Batalhão de Polícia Militar), major Claúdio Longo, destacaram as ações que estão sendo realizadas para reforçar a segurança nas escolas.

“A Polícia Civil vem desenvolvendo um trabalho em conjunto com a Polícia Militar. A Agência de inteligência da Policia Civil do Estado tem sido comunicada em tempo real destas ocorrências em cada estabelecimento de ensino com o objetivo de realizar o mapeamento em todo o Estado e apurar se existe alguma ligação entre essas divulgações”, afirmou Menezes.

Conforme o delegado, em Umuarama, a Polícia Civil identificou três casos de informações sobre ataques em escolas e, em todos os casos, as notícias são falsas.

“O que nós conseguimos identificar é que são os próprios alunos muitas vezes que estão criando perfis falsos nas redes sociais, Instagram, WhatsApp, com objetivo simplesmente de disseminar o pânico”, afirmou o delegado. “Não há por trás destas notícias uma ação concreta que tenha o objetivo de causar algum tipo de agressão à instituição de ensino na região”.

Punições

O delegado ainda reafirma que todas as pessoas que criaram perfis nas redes sociais ou grupos de aplicativos de mensagem com objetivo de causar pânico será responsabilizado criminalmente. Tanto o aluno quanto os pais dos envolvidos neste tipo de ação poderão responder por falsa identidade, anúncio de perigo, ameaça, além de incitação e apologia ao crime.

“Assim que essa pessoa for identificada, se menor, o pai dessa pessoa pode responder criminalmente pelos mesmos crimes. A gente pune ele pela omissão de não tomar as cautelas necessárias quanto ao seu filho”, garantiu. Além disso, Dr. Gabriel ressaltou que custos com mobilização pela proteção dos alunos decorrente de uma possível ameaça também estão a encargo do responsável pelo aluno que realizou a ameaça. “Eles serão cobrados civilmente pelos pais deste aluno”.

Menezes ainda assegura que mesmo que a pessoa crie e exclua o perfil falso ou grupo com essas intenções, pela Lei 12.965 de 2014 – considerada um marco civil da internet brasileira – é imposto que os dados deste grupo sejam preservados por estas empresas e estejam à total disponibilidade para acesso pela Polícia Civil. “Mais cedo ou mais tarde vamos encontrar essas pessoas e promover essa responsabilização delas”, concluiu.

Ações de prevenção

“Temos realizado ações preventivas através do trabalho de policiamento ostensivo, aumentamos significativamente o número de policiais militares em todos os municípios que fazem parte do 25º BPM. Todas as nossas guarnições e os nossos pelotões tem hoje a prioridade dar policiamento adequado, a intensificação portanto nestes estabelecimento de ensino”, afirmou Major Cláudio.

O militar ainda afirma a importância do repasse urgente das informações sobre eventuais ameaças de atentados em colégios para que ações sejam tomadas de imediato. “Porque assim a gente consegue tomar providências cada vez mais ágeis”, afirmou.

Major Cláudio finalizou chamando a atenção dos pais dos alunos, que devem ficar atentos, conversar e fiquem atentos à mudanças de comportamentos dos educandos. “Nós sabemos que cada um tem uma responsabilidade neste contexto, a segurança pública tem a sua, a escola tem a sua, e os pais também tem uma responsabilidade muito grande em relação aos seus filhos, por serem inclusive responsáveis legalmente por estes adolescentes”.

Além da conversa com os alunos, pais também devem ficar atentos à qual tipo de conteúdo seus filhos estão consumindo na internet. “Que tipo de grupos ele está acessando, que tipo de jogo, que tipo de plataforma, porque isso com certeza trará resultados preventivos para que nós não tenhamos nenhum caso não somente na nossa região, mas em outras regiões também”, finalizou Cláudio.

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