Jaqueline Mocellin Publisher do OBemdito

Parte dos médicos que atende no ambulatório da Covid em Umuarama ameaça parar

A empresa que presta serviços na ‘Tenda’ informou que já está providenciando a contratação de outros profissionais e o atendimento não terá interferência

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Parte dos médicos que atende no ambulatório da Covid em Umuarama ameaça parar
Jaqueline Mocellin - OBemdito
Publicado em 2 de julho de 2021 às 20h09 - Modificado em 23 de maio de 2025 às 03h18

Vários médicos que atuam no ambulatório de síndromes gripais em Umuarama, conhecido como ‘Tenda da Covid’, informaram que irão paralisar o trabalho. Os profissionais alegam que a empresa que atualmente administra o local colocou termos de trabalho que os profissionais não aceitaram e, por isso, vários deles já se negaram a manter o atendimento.

Conforme um dos profissionais que manteve contato com OBemdito, a empresa que assumiu a tenda, em maio, ainda não formalizou contrato com a equipe médica. “Foi realizado um contrato conjunto com advogados solicitando um aditivo pela necessidade de um médico extra durante o turno da noite e aumento no valor. A empresa acatou essa decisão no mês de junho, porem para julho fizeram um contrato com um médico a menos e com o valor menor do que foi combinado inicialmente”, informou.

Parte da equipe avisou previamente que a partir deste domingo (4) não seguirá com a escala.

OBemdito manteve contato com a empresa Arrabal Serviços Médicos. O representante informou que, no contrato com a empresa anterior, cada médico recebia R$ 1.200 por plantão de 12 horas. Quando a Arrabal Serviços Médicos assumiu a prestação do serviço, a pedido dos médicos o valor foi aumentado para R$ 1.500. “É um valor elevado. Dos contratos terceirizados [semelhantes ao formalizado em Umuarama] é o maior valor da região”, informou o representante.

A empresa também informou que, apesar do aumento no valor, os profissionais estariam reivindicando que a prestadora do serviço pagasse este montante livre de impostos, o que elevaria o custo para mais de R$ 1.900 por plantão. No entanto, Liliane Arrabal Pita, representante legal da empresa, não aceitou os termos.

A Arrabal Serviços Médicos esclareceu que está resolvendo o desacordo comercial e chamando outros profissionais para suprir a saída dos que estão descontentes e, por isso, avisaram que irão parar com as escalas. A empresa explicou que está refazendo a escala e o atendimento no ambulatório seguirá normalmente.

TERCEIRO MÉDICO

Em relação ao terceiro médico, a Arrabal informou que era previsto no contrato com a empresa anterior, porém, não está no contrato atual. “É uma decisão do contratante [Prefeitura] e não está prevista no atual contrato. Para atender a reivindicação deles [médicos] fizemos um pedido para a Prefeitura e, apenas se houver autorização podemos fazer”, divulgou a prestadora do serviço.

Acrescentou que a Prefeitura respondeu informando que não há demanda para o terceiro médico no turno da noite. “Esta necessidade existiu quando houve superlotação no ambulatório, porém, neste momento não há necessidade. Caso seja necessário pode ser acionado a qualquer momento, pois há pedido protocolado, mas apenas se houver autorização da Prefeitura”, informou a Arrabal.

O QUE DIZ A PREFEITURA

Questionada por OBemdito, a Prefeitura de Umuarama divulgou uma nota sobre o assunto:

“O diretor da Secretaria Municipal de Saúde, Herison Cleik da Silva Lima, esteve reunido com representantes da empresa que presta serviços médicos no Ambulatório de Síndromes Gripais na tarde desta sexta-feira, 02/07, e obteve a garantia de que o atendimento aos pacientes será mantido em sua integralidade. A empresa se comprometeu a resolver questões pendentes com o seu quadro de funcionários contratados e a Secretaria Municipal de Saúde continuará fiscalizando a execução plena do contrato firmado entre o município e a referida empresa”.

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