
Umuaramenses denunciam o extermínio de animais por envenenamento no Jardim Paraíso
Vários moradores do Jardim Paraíso, em Umuarama, entraram em contato com a redação do OBemdito nesta terça (30) e quarta-feira […]


Vários moradores do Jardim Paraíso, em Umuarama, entraram em contato com a redação do OBemdito nesta terça (30) e quarta-feira (31) para denunciar um possível extermínio de animais domésticos que está acontecendo no bairro. De acordo com os relatos, algum criminoso tem jogado veneno para animais que estão dentro dos quintais.
Uma das vítimas foi o gatinho Zé Felipe, que fazia companhia para o filho de Luana Reis. A criança tem somente 3 anos e agora chora constantemente sabendo que o amiguinho morreu. “A gente (família) chora muito porque o amor era muito grande. Igual filho mesmo”, disse a mulher.
Luana vive na vizinhança próxima à Pastelaria Milani. A morte de Zé Felipe aconteceu há algumas semanas, quando ela chegou em casa e encontrou o quarto repleto com fezes e sinais de que o felino havia passado mal. Desesperada, ela levou o gatinho ao veterinário, porém os profissionais não puderam socorrê-lo a tempo.
Preocupação com as crianças
Ainda de acordo com Luana, nas residências próximas já foram envenenados 8 gatinhos e até um cachorro. O medo, entretanto, não se limita somente aos animais domésticos do bairro, e sim às crianças que vivem no local. “Se estão fazendo isso, imagina se não podem fazer com nossos filhos”, lamentou a mulher.

Um fator que corrobora essa preocupação é a forma como os criminosos estão agindo: acrescentando o chumbinho em pedaços doces que facilmente poderiam ser ingeridos por uma criança. “Jogaram bolo e chocolate no quintal da minha vizinha para envenenar os cachorros dela, hoje”, declarou. “Algum lunático”.
Outra moradora do bairro, também ciente da situação, está extremamente preocupada, pois além de ter 4 gatas fêmeas e um cachorro em casa, ela também é mãe de uma menina de pouco mais de 1 ano de idade. “Mas meu maior medo é jogarem algo que minha filha pegar e comer (…) tudo o que acha coloca na boca”, explicou.
“Por cima do muro”
Divanete também foi uma das moradoras que teve dois gatos e um cachorros mortos envenenados por comida que possivelmente foi jogada dentro do quintal. Um terceiro gato dela também foi envenenado, porém felizmente foi levado ao veterinário a tempo de ser socorrido.
No primeiro caso, Divanete ouviu o barulho dos animais, porém pensou se tratar de um de seus gatos brincando e sequer considerava que o animal havia sido envenenado. Posteriormente o animal foi encontrado morto, todo babado e viu ele havia sido envenenado.
Na segunda ocorrência, cerca de uma semana depois, dois animais haviam sido envenenados, sendo um gato e um cachorro. “Minha mãe me avisou desesperada que um dos gatos estava morto, e o cachorrinho ela não tinha percebido que estava envenado”.
Divanete explicou que seu quintal é grande e por isso teve que ser dividido em quatro partes. Na parte dos fundos é onde o cachorro fica isolado, então é bastante improvável – se não impossível – que o cão tenha buscado o alimento envenenado na rua. “E os muros são altos. Então a pessoa tem que ter jogado veneno dentro do quintal, ou um dos gatos tem que ter trazido a comida envenenada”, disse.
Ela disse que tentou registrar um boletim de ocorrência no site da Polícia Civil, porém devido a um problema técnico, não conseguiu finalizar a solicitação. Ela afirmou que irá tentar novamente ainda nesta quarta-feira (31) e caso não consiga novamente, irá fazê-lo pessoalmente na 7ª Subdivisão Policial.