
Após aposentadoria, Jhony ganha chácara com piscina e amigos para fazer companhia
Depois de oito anos de trabalhos prestados, o cão de guarda e proteção do 25º Batalhão de Polícia Militar de […]

Depois de oito anos de trabalhos prestados, o cão de guarda e proteção do 25º Batalhão de Polícia Militar de Umuarama, Jhony, chegou à aposentadoria. Ao ser adotado por uma veterinária, o pastor alemão, foi levado para uma chácara com muito espaço para gastar toda a energia característica de sua raça.
Além do verde em abundância, e da piscina pronta para um mergulho, o cão também ganhou outros 15 amigos que lhe farão companhia nesta nova fase de sua vida regada a mordomias. Mas antes disso, os anos, oito no total, foram de muito trabalho em prol da sociedade.
Jhony era um dos quatro cães pertencentes ao Canil do 25º BPM usados em operações, tanto do canil, quanto da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), que também tem seus cães. Além de ter labutado muito, ele também passou por um treinamento bastante intenso desde pequeno.
“Eles chegam com 45 dias de vida. A partir daí, é iniciado o adestramento e a fase de socialização. A diretriz diz que o cão pode trabalhar de seis a oito anos até se aposentar”, explica o policial militar responsável pelo Canil, Eriton Costa.
Durante os seus anos de dedicação a PM, Jhony participou de dezenas de operações, algumas delas de muita tensão, mesmo assim, o cão que foi preparado para ajudar no ordenamento social, nunca falhou, sendo inclusive, motivo de orgulho, não só do seu condutor, mas também de toda a corporação.

“Agora ele vai desfrutar da aposentadoria com todo o conforto que é necessário para ter boa saúde e viver até a idade natural de um cão”, afirma Costa.
Conforme ele, para que o cão seja destinado para o seu descanso, após os anos de trabalho, existe um processo que deve ser respeitado. A primeira pessoa que tem preferência na doação é o condutor e, depois, outros policiais da unidade.
Se não houver interesse, por um motivo ou outro, o animal então pode ser destinado para o veterinário que o cuidou durante o seu período de trabalho e, em últimos casos, para alguma pessoa da sociedade.
“No caso do Jhony foi repassado para a veterinária dele. A pessoa assina um termo de responsabilidade porque é um patrimônio do Estado. Além disso, são feitas visitas periódicas para ver como o cachorro está”, revela.

Novo cão para a Unidade
Depois da aposentadoria de um cão, outro precisa ser colocado em seu lugar. No caso Jhonny, além de ser usado no sistema prisional, ele também fazia parte da equipe de RPA (Rádio Patrulha Auto).
“Ainda está em processo de descarga, então, após todo o procedimento de baixa, o semovente [bem móvel que possui movimento próprio], é feito outro documento para fazer a carga de outro semovente para começar a ser treinado no canil”, detalha Costa.

Treinamento
Conforme o policial, antes do início do adestramento de um novo cão, é feito a escolha do animal que é escolhido em um criadouro destinado a produção da raça, hoje, na sua maioria, pastor belga malinois.
“Nós observamos o perfil do cão para o trabalho, o drive [instinto de presa ou impulso]. Aquele que desde pequeno brinca com os irmãos ou é mais acelerado para fazer o serviço policial. Então, você consegue ver desde de pequeno qual é o cão mais apto, porque para o trabalho policial tem que ser um cão mais ativo para o serviço”, destaca.
Segundo o policial, após a escolha, então começa o trabalho de treinamento para que o cão possa atuar na área em que será destinado. No caso dos cães de busca e localização de drogas, por exemplo, o treinamento é feito com moléculas de odor, ou seja, o cachorro é estimulado a sentir o cheiro da droga.
“O cão não tem o contato com a droga, até porque se ele engolir um pino de cocaína, por exemplo, ele morre. Então ele apenas sente o cheio e recebe uma recompensa por isso [bolinha de brincar], explica.

Canil do 25º BPM
Atualmente o Canil do 25º BPM conta com três cães, um para cada situação em específico. Além do responsável pela unidade, Eriton Costa, o canil também conta os serviços dos policiais Hugo Barbosa, que era o condutor do Jhony, e Giuliano Scandiussi.
Os cães, que também são usados em operações da Rotam, atendem ao todo 30 cidades da região, sendo 17 municípios do 25º BPM de Umuarama e 13 de resposnabilidade do 7º BPM de Cruzeiro do Oeste.

Estrutura
O Canil do 25º BPM foi construído com toda estrutura necessária para dar, além de um local aquedado para os animais, também as ferramentas necessárias para o treinamento dos cães. As baias, por exemplo, são todas dotadas de sistemas de higienização.
O local também possui salas para atendimento veterinário, almoxarifado para guardar a ração e os equipamentos, além de um espaço amplo para o animal ficar durante o período de descanso.
A unidade é uma das mais modernas do Estado e, em breve, deverá passar por novas readequações para melhorar ainda mais sua funcionalidade.