Umuarama: Chácara de acolhimento é reativada e voluntários buscam ajuda da comunidade

Está em vias de ser retomado o trabalho de acolhimento que era realizado na Chácara Voz do Pobres em Umuarama, que agora passa a se chamar Chácara Santa Irmã Dulce dos Pobres, localizada na Estrada Jaborandi. O objetivo é acolher pessoas em situação de rua, entre outros públicos.

No último final de semana o grupo de voluntários Servos por Amor esteve no local para realizar uma mutirão de limpeza e restauração. Além da faxina, os voluntários irão pintar a capela com tinta que foi doada. Caso haja pessoas interessadas em doar mais tinta, o grupo pretende pintar também os demais cômodos e dormitórios, o que ajudaria a tornar o ambiente mais acolhedor.

Barbara Moreli, 34 anos, é professora e organizadora do grupo de voluntários. Ela explica que eles realizam trabalhos onde há necessidade e pedidos de ajuda. “Antes da pandemia entregávamos marmitas aos moradores de rua. Fazemos ações no Dia das Crianças, Páscoa e Natal. Somos um grupo de amigos que se uniu para ajudar”.

Ela informa que o grupo Servos por Amor não irá administrar a chácara, apenas está ajudando com a limpeza e a angariar as doações. Outro grupo fez um acordo com a Diocese de Umuarama (a qual a chácara pertence) e irá cuidar do local.

“Vimos várias reportagens sobre as pessoas em situação de rua e nós do grupo de voluntários fomos buscar saber o que poderíamos fazer para ajudar. E encontrarmos a necessidade de ajudar esta chácara na limpeza para que assim mais pessoas em situação de rua possam ficar”, disse Bárbara.

A organizadora do grupo acrescentou que neste período de pandemia os voluntários estão fazendo arrecadações de cestas básicas, roupas e móveis. “Como exemplo quando acontece a divulgação de casas que pegam fogo, pessoas que pedem alimentos, fazemos uma busca se a família ainda precisa e ajudamos conforme temos”, informa.

DOAÇÕES

A comunidade pode ajudar a Chácara Santa Irmã Dulce dos Pobres com doações dos seguintes itens: cômodas para guardar roupas, colchões, lençóis, cobertores, travesseiros, toalhas de banho, cortinas, armários, tomadas, interruptores, forro, uma televisão, fogão, panelas grandes e pequenas, bacias grandes, chaleira, panela de pressão, toalhas de mesa, guardanapos, panos de chão, tapetes e roupas em geral para os acolhidos e para o bazar.

Os telefones para contato são da Bárbara (44) 98427-6890 ou da Palmira (44) 99940-6679.

A expectativa é que os acolhimentos comecem tão logo os dormitórios e demais estruturas estejam organizados, com previsão de iniciar esta fase do trabalho ainda nesta semana.

ACOLHIDOS

Bárbara diz que serão acolhidas as pessoas em situação de rua, idosos, doentes e moradores debilitados. Ao entrarem eles não podem sair no período de 90 dias.

Uma equipe que faz Pastoral de Rua, que entrega marmitas, fará a “abordagem de forma respeitosa os convidando a serem recebidos na chácara. Muitas destas pessoas em situação de rua já conhecem e estão aguardando para esta acolhida na chácara”, conta a coordenadora do grupo.

Além disso, podem ser feitas indicações de atendimento por parte da população. Ressalta-se que não se trata de uma clínica de reabilitação (para cuidar de dependência química) e, por isso, não há estrutura e profissionais capacitados para isso.

As pessoas que quiserem obter mais informações podem manter contato através do telefone da Palmira: (44) 99940-6679.

Confira na galeria as imagens do grupo de voluntários fazendo a limpeza do local:

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