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Com novo nome, Olinda Palace inaugurado em 1969 continua ativo em Umuarama

Renomeado ‘Topázio Hotel’, empreendimento é administrado pela proprietária, que tem 78 anos

Fachada no Olinda Palace, nos anos de 1970 - Foto: Acervo/Nil Fernandes
Com novo nome, Olinda Palace inaugurado em 1969 continua ativo em Umuarama
Graça Milanez - OBemdito
Publicado em 21 de junho de 2023 às 12h53 - Modificado em 21 de maio de 2025 às 06h26

Uma cidade planejada já nasce com muitos privilégios. Umuarama é exemplo: as avenidas largas, tão elogiadas, validam essa afirmação. Mas não é só isso que a tornou um lugar cobiçado por muitos, desde que foi fundada, em 1955.

Terra boa para agricultura, em pouco tempo a cidade floresceu, ganhou projeção. Muitos pioneiros – paulistas, mineiros, nordestinos e paranaenses de outras regiões – foram atraídos pela pujança que emanava daqui.

Na esteira do progresso rural, o urbano se expandia também com uma velocidade admirável e assim Umuarama em poucos anos se tornou um centro comercial importante. E para manter esse status, era preciso ter, logicamente, hospedagem à altura.

Com apenas 14 anos de idade a cidade ganha, então, um hotel com o propósito de destacar o município também na hotelaria: não era o primeiro, porém era moderno, amplo, arrojado para a época. Foi inaugurado em 1969.

Foto: Acervo/Nil Fernandes

Tratava-se do ‘Olinda Palace Hotel’, investimento do médico Severino Cantarelli, à época dono do primeiro hospital de Umuarama, o São Francisco [extinto]. Segundo consta, a intenção dele era empreender, colaborar para o fortalecimento do município. Nos anos de 1980 é vendido para Francisco Bustelo Calvo, também médico.

E em 2001 troca de dono novamente. Foi adquirido pelo casal Joana Rueda, 78 anos, e Pedro Maldonado [em memória], que o nomeou ‘Topázio Hotel’. Com 31 quartos, está localizado num dos pontos mais movimentados de Umuarama, a Avenida Florai.

Dona Joana na varanda do Topázio: hotel é um dos mais centrais da cidade

Apoiada por seis funcionários, quem toma conta é a Dona Joana, como sempre. Mesmo prestes a se tornar uma octogenária, ela continua firme, na administração do empreendimento. Diz que trabalha umas dez horas por dia, e não se cansa.

Dona Joana, que há 22 anos gerencia o Topázio Hotel

“Tenho saúde… Disposição também não me falta…”, garante, reticente, mas expressando contentamento. “Tenho orgulho do meu trabalho, mas sei que, pela minha idade, já está na hora de parar de trabalhar, até porque quero ter mais tempo para passear, viajar”.

No entanto, para isso, ela diz que precisa vender o hotel, porque os filhos [tem quatro, dois médicos e duas professoras] não podem assumir a gerência. “É uma pena, pois temos muitos clientes fidelizados; nosso movimento sempre foi muito bom”, assegura a empresária.

Em relação à arquitetura externa e de interiores nada lembra o Olinda de 54 anos atrás. “Quando compramos, reformamos tudo”, diz Dona Joana, que torce para encontrar um comprador que queira dar sequência ao negócio. “Porque este hotel tem boa reputação e sempre foi muito importante para Umuarama”, justifica.

Dona Joana ao telefone: aparelho tem mais de vinte anos

Dona Joana é pioneira de Umuarama: ela e o marido chegaram em 1964. Vieram de Arapongas, logo que se casaram, motivados pela fama de cidade acolhedora e próspera. “Acertamos, porque nossa trajetória aqui foi bem-sucedida!”.

Dona Joana diz se orgulhar do trabalho que desenvolve na administração do Topázio

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