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Vereadores e Viação Umuarama discutem questão do transporte

Empresa alega que pandemia causou prejuízos financeiros e pede ajuda da Prefeitura para manter a operação

Foto: Reprodução Redes Sociais
Vereadores e Viação Umuarama discutem questão do transporte
Redação - OBemdito
Publicado em 13 de julho de 2021 às 18h08 - Modificado em 23 de maio de 2025 às 02h36

Nesta terça-feira (13) os vereadores Ana Novais, Mateus Barreto, Ednei do Esporte, Sorrisal, Cris das Frutas, Fernando Galmassi tiveram uma reunião com representantes da Viação Umuarama para discutir a questão do transporte público na cidade.

Há 15 meses a empresa amarga prejuízos em virtude do novo coronavírus, que derrubou o número de passageiros. De acordo com a gerência o déficit é de, em média, R$ 280 mil mensais. Para estancar os danos a empresa demitiu 30 funcionários e os outros 65 ainda estão com o emprego em risco.

Além disso, foram feitas mudanças nos horários e redução de algumas linhas, o que deixou os usuários irritados. Em Lovat e no Jaboticabeiras, por exemplo, houve registros de lotação que contraria as medidas de distanciamento social.

A empresa entregou um documento aos vereadores para dar um panorama acerca da questão financeira. “Muito depende do executivo, que deve dar um parecer sobre o contrato”, salientou o vereador Mateus Barreto.

Mensalmente a Viação Umuarama dispensa R$ 100 mil paga pagamento de folha salarial e outros R$ 120 mil para custeio de combustível. O valor arrecadado com as passagens não cobre a operação. “Eles apresentaram a documentação e é um momento difícil”, disse o vereador Ednei do Esporte.

Assim como os vereadores Fernando Galmassi e Sorrisal, a vereadora Ana Novais fez alguns pedidos para que linhas fossem mantidas ou retomadas, sobretudo por conta das pessoas que dependem do transporte coletivo para chegarem ao centro da cidade. “Foram apresentadas pela empresa algumas alternativas para resolver a situação”, esclareceu a parlamentar.

Nesta semana o gerente da Viação Umuarama, Wilton Cardoso, esteve reunido com o major Capelli, secretário de Defesa Social e com o prefeito Celso Pozzobom para falar sobre o assunto. Os números deficitários foram apresentados bem como alternativas legais para que a Prefeitura possa subsidiar legalmente a empresa para manter a operação.

“Há precedente legal. Em outras cidades já foi feito e estamos fazendo isso não para pedir dinheiro para mim, mas para que o cliente não pague o pato”, disse Cardoso.

MUDANÇAS

Para continuar o plano de austeridade dentro de 15 dias devem ser introduzidos micro-ônibus, que tem melhor performance em relação aos ônibus normais quando se trata de combustíveis.

Procurada por OBemdito a Prefeitura informou que “a questão ainda está sendo analisada pelo setor competente”.

Enquanto isso, a empresa destaca que os trabalhadores estão sendo atendidos pelos ônibus. “Após as mudanças todos os pedidos de alteração feitos pelos vereadores foram atendidos. O que a gente não pode fazer é retomar a operação toda, porque não temos condições”, lamentou Cardoso.

Ainda para esta semana haverá um novo encontro da empresa com os parlamentares e também com membros do executivo, em agendas separadas.

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