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Após capivara morrer atropelada, Prefeitura informa que colocará mais sinalização na Av. Paraná

Um jovem de 19 anos atropelou uma capivara que vive no perímetro do Lago Aratimbó, área central de Umuarama. O […]

Foto: Assessoria PMU
Após capivara morrer atropelada, Prefeitura informa que colocará mais sinalização na Av. Paraná
Redação - OBemdito
Publicado em 31 de julho de 2023 às 19h44 - Modificado em 21 de maio de 2025 às 04h16

Um jovem de 19 anos atropelou uma capivara que vive no perímetro do Lago Aratimbó, área central de Umuarama. O animal acabou morrendo. O acidente ocorreu pouco depois de meia-noite de domingo para segunda-feira (31) na avenida Paraná. O rapaz estava em uma moto e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. OBemdito divulgou reportagem sobre o assunto (confira aqui).

Na tarde desta segunda a Prefeitura divulgou que irá colocar mais sinalização no local, que já possui quebra-molas, passagem elevada e placas informativas, inclusive sobre a presença dos animais silvestres.

A capivara morreu no local – era uma fêmea adulta, que pesava 50 quilos. O corpo do animal foi retirado por equipe da Prefeitura (da Secretaria Municipal de Meio Ambiente) e levado para a Saau (Sociedade de Amparo aos Animais de Umuarama), que vai realizar a necropsia e produzir um laudo.

“Após isso, o corpo da capivara será doado a uma universidade de Umuarama para ser utilizado como objeto de estudo acadêmico”, detalha Fernanda Periard Mantovani, diretora da Secretaria de Meio Ambiente.

O secretário municipal de Segurança, Trânsito de Mobilidade Urbana (Sestram), Valdecir Gonçalves Capelli, observa que atropelar um animal não caracteriza crime de trânsito, porém, se houver provas ou testemunhas de que o motorista jogou o veículo contra o animal, ele pode responder por crime de caça, além do pagamento de multa.

“A pena por esse tipo de crime vai desde multa de um a 40 salários-mínimos, até a prisão em casos extremos, conforme previsto no artigo 32 da lei nº 9.605 do Código Penal, indicando pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa”, explica.

Fernanda reforça que é necessário informar a um órgão público sobre o atropelamento, como a Polícia Ambiental, o Corpo de Bombeiros ou a Secretaria de Meio Ambiente. “Nós solicitamos da Central de Monitoramento da Guarda Municipal as possíveis filmagens do acidente, para sabermos quais providências devem ser tomadas. Mas nosso maior pedido é para que os motoristas prestem mais atenção ao passar por ali, que respeitem o limite de velocidade e a sinalização existentes”.

Ela acrescenta: “Apesar de aparentar calma e tranquilidade ao atravessar a avenida Paraná, a capivara assusta com veículos, ainda com as luzes, então ela fica perdida e para, o que contribui com os casos de atropelamento”.

Foto: Assessoria PMU

O número correto de capivaras que habita o Lago Aratimbó é incerto, mas muita gente já viu casais com quatro e até seis filhotes. “Elas [as capivaras] vivem ali desde 2020 e infelizmente já registramos várias mortes. É exatamente por isso que temos aquele trecho como área especial, com a devida sinalização, além de fazermos de tempos em tempos campanhas de conscientização da população. Elas geralmente atravessam a avenida no final da tarde, mas que também aproveitam para tomar sol durante as manhãs e tardes ali no gramado do Lago Aratimbó”, especifica.

O diretor da Guarda Municipal de Umuarama (GMU), inspetor Valdiney Roberto Rissato, lembra que não é apenas pela questão da presença de animais silvestres (principalmente capivaras e tartarugas) que os motoristas devem dar atenção redobrada ao passar por aquele trecho, mas também porque trata-se de área residencial, com escolas e com a grande presença de pessoas. “Sempre há grande circulação de pessoas, o que é mais um motivo para que os limites de velocidade sejam rigorosamente respeitados”, aponta.

Sinalização melhorada

A diretora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente indica ainda que, apesar de já haver, naquela extensão da avenida Paraná, sinalização suficiente para chamar a atenção dos motoristas, a prefeitura deve instalar mais placas sobre a travessia dos animais.

“A diretoria de Proteção e Bem-Estar Animal vai providenciar mais placas de conscientização. Porém, sobre a possibilidade de construção de um túnel (passagem subterrânea) sob a avenida, atualmente é inviável uma obra deste porte, devido a grandes interferências ambientais”, ressalta.

Foto: Danilo Martins/OBemdito

(Informações: Assessoria PMU)

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