
Sintonizada com grandes centros, Umuarama ganha empreendimentos no ramo de confeitaria gourmet
OBemdito fez uma ronda na cidade e visitou seis estabelecimentos que se destacam pela excelente qualidade dos produtos e tranquilidade dos ambientes e sugere para o deleite de quem quer cometer o pecado aquele, da gula!


Que a gastronomia sofisticada está se reinventando e ficando cada vez mais acessível, ninguém discorda. Esta tendência chega com tudo em Umuarama. Basta dar umas voltas para ver que a cidade ganhou, nos últimos anos, vários estabelecimentos dispostos a encantar os paladares mais exigentes.
Se focarmos nas gulodices e ‘gordices’, objetivo desta reportagem, o resultado é um prato cheio! Cheio de doces elaborados, requintados, irresistíveis, que prometem deixar nossas papilas gustativas a mil!
Até há pouco tempo, a Confeitaria Real dava conta do recado. Sempre foi e continua sendo um ponto de doces maravilhosos, diversificados, feitos com ingredientes de primeira qualidade, que enchem os olhos e, na boca, garantem uma explosão de sabores.
Tempos depois veio a Magia dos Doces, disposta a concorrer com a soberana Real, passando a oferecer opções que proporcionam deleite pelo paladar e também pelo visual, já que a criatividade é marcante! Nas vitrines, as pequenas esculturas comestíveis dão água na boca.
Mas a cidade está crescendo e, graças à internet, conectada com as práticas dos grandes centros. A busca por experiências memoráveis gastronômicas se intensifica por aqui, praticamente no mesmo ritmo. Se você quer comer um autêntico croassã [ou croissant, em francês], não precisa ir para Curitiba, porque já temos em Umuarama [só pra dar um exemplo].
Para esta reportagem, OBemdito traçou uma rota com o intuito de conhecer e sugerir ao leitor seis endereços certeiros que vão fazê-lo imergir nesse complexo universo de percepções palatais.
São estabelecimentos que se dizem comprometidos com o artesanal [ou quase], com o inovador, com propostas que transcendem o simples ato de comer um doce, que hipnotizam [será?]; e que se empenharam em construir um ambiente charmoso e aconchegante para quem faz questão de degustar um doce com total tranquilidade.

Confira abaixo nossa rota [em ordem alfabética].
Guilherme e sua Cafetreria
Podemos dizer que é a primeira que se instalou por aqui com o propósito de reunir a paixão com o requinte. O café é uma paixão nacional: é muito mais que aroma e sabor! Por isso precisa ser bem acompanhado: com um doce e com amigos. Fica a dica.
O proprietário, Guilherme Vasconcelos, 26 anos, pensou nisso e muito mais quando resolveu abrir o negócio na Rua Governador Ney Braga [próximo aos cartórios], que, inicialmente, nem era café… era shake. No local, ele tinha uma loja de roupas [a Être] que ia muito bem, mas veio a pandemia e, com ela, a inadimplência.
O que fez para amenizar a situação? Shake. “Num estalo, resolvi usar a pequena cozinha da loja – pequena mesmo! – para fazer shake… Inventei várias receitas, do fit ao fat, e comecei a divulgar nas redes sociais; formava fila para retirada; foi sucesso imediato!”, conta.
O toque de marketing – uma pintura grande e bacana na parede [de 1×2 metros] ao lado da janela onde fazia a entrega – ampliou a sensação: “Os que vinham comprar recebiam o shake e faziam questão da self diante da pintura para postar no Instagram!”. Pronto! A receita ficou completa!
Depois de outras inovações no cardápio [que o obrigou a arrumar um espaço só para fazer e vender shakes e companhia], fechou a loja e resolveu que o ponto seria ideal para sua sonhada Cafetreria: ampliou o espaço e deu a ele formato arquitetônico inspirado.

A decoração interna acompanha os critérios caprichosos do dono, que fez questão de reservar um canto para uma, digamos, ‘sala de estar’. Sim, tem sofás na Cafreteria do Guilherme. “O conforto é tudo! O cliente chega aqui, se senta, é bem servido e sai feliz”, alega.
Paredes de vidro possibilitam boa iluminação e, na parede de cimento, a pintura supercolorida e instigante ganhou projeção dez vezes maior; no jardim da entrada, sete pés de café [naturais, bom destacar] esbanjam originalidade!
Além dos deliciosos bolos – o muffin de cenoura sem glúten é um estouro de bom! – o cardápio conta com frapês de sabores inusitados [como o de maracujá com leite condensado e manjericão], com crepes franceses arrasadores [o de Nutella com morango é o mais requisitado] e outras opções ousadas. Ah, tem cerveja, também. E pode levar o pet.
Falando em crepe… Guilherme, embora considera-se um autodidata na culinária, fez um curso em São Paulo com um chefe belga. “Aprendi muito”, exclama, mas atualmente fica só no administrativo, mesmo, já que tem chefe de cozinha. “Agora a cafeteria é também restaurante [serve pratos executivos]; a contratação da chefe me motivou para dar mais esse passo”, conta o empreendedor, que gera 11 empregos.
== Abre de segunda a sexta, das 8 às 20h; e aos sábados, das 8 às 16h. Saiba mais em @cafetreria

Luis e o Caseirinho’s
Esta marca veio de Cidade Gaúcha. O casal Luis Fernando Buzeto, 25 anos, e Bruna de Oliveira, 27 anos, trouxeram a novidade, que já fazia sucesso lá, com uma grande variedade de opções de doces elaborados, que podem ser apreciados com café especial.
“Umuarama é um mercado muito bom”, diz Buzeto, informando que tem mais dois sócios. “Viemos para empreender, para somar; geramos oito empregos”, enfatiza. O bolo gelado é o clássico da casa. “Receita nossa”, pontua.
Outra que faz sucesso é a torta ‘monoffee’, com morango, mas tem também a tradicional banoffee, a de banana. Pensando em proporcionar conforto, alugaram uma casa espaçosa na Avenida Brasil [próximo ao Bosque Uirapuru].
As paredes internas das três salas em que recebe os clientes ganharam pintura em tom sóbrio, com predominância do azul com rosa. Imagens verbais [palavras e frases instigadoras], também fazem parte da decoração. Ah, tem um espaço ‘instamagrável’ e pode levar pet.

Luis conta que estava no terceiro ano de engenharia quando desistiu para se dedicar exclusivamente ao Caseirinho’s. Tanto ele, quando a mulher, são autodidatas na culinária. “Porém estudamos bastante sobre tendências da confeitaria e buscamos consultorias com nutricionistas, engenheiro de alimentos e outros profissionais da área”, argumenta, complementando com um elogio. “Bruna é cérebro de toda a operação e também a essência do negócio!”.
== Abre de terça a sábado, das 10 às 19h; domingos e feriados, das 14 às 18h [último domingo do mês não abre]. Saiba mais em @caseirinhos_docesgourmet.

Kelly e sua Divino Gourmet
Esta loja de doces fica pertinho da Panificadora e Confeitaria Real, na Avenida Paraná. A proprietária, Kelly Fernanda Gonçalves, 30 anos, diz que não vê problema nisso. “Minha proposta é outra”, diz confiante.
Ela vende ‘Copo da felicidade’, o carro-chefe do negócio. “É tipo um bolo de pote, mas não é bolo, é brownie e vem com creme e bombom!”, explica. “Quem compra, volta”, garante, com ar de… felicidade nos olhos.
Entre outras opções da loja, destaca-se o geladinho gourmet; são mais de vinte sabores. Ela conta que era corretora de seguros, mas quando teve nenê não conseguiu conciliar o trabalho com a maternidade e resolveu começar a fazer os geladinhos em casa para garantir o salário.

“Fez tanto sucesso que logo tive que alugar um ponto para fazê-los; na minha casa já não tinha mais espaço”, diz. Mas continuou no modo delivery. Quando percebeu que a clientela aumentou substancialmente, há seis meses abriu o ponto, com dois sócios: o marido e a vó [gera cinco empregos].
Para montar a loja, caprichou na pintura combinando o rosa e o lilás, que deu um ar romântico ao ambiente, que, além de fofo, é tranquilo.
== Abre de segunda a sábado, das 11 às 22h. Saiba mais em @divinogourmet_umuarama

Rafael e sua Duckbill Cafeteria
Outra novidade em Umuarama, só que se trata de uma franquia de São Paulo. Aqui abriu há três meses, na Avenida Maringá [perto da Igreja Matriz]; é um ponto para apreciadores de café especial, que pode ser acompanhado com cookie; são 16 sabores. “Os mais deliciosos do Brasil”, segundo anuncia a marca.
O empreendimento é do profissional de marketing Rafael Magi, 34 anos [ele tem um sócio]. Como milhões de brasileiros, ele se diz um apaixonado por café e, por isso, resolveu unir o agradável ao útil. “Investi para vender um bom serviço, além do bom café!”, avisa.
Representante comercial da Ric/TV na região, diz que conheceu a marca em Campo Mourão. “De cara, gostei”, exclama, entusiasmado por conseguir concretizar o sonho de ter o próprio negócio, o qual gera seis0 empregos.

O ambiente é pequeno, mas bem receptivo. A decoração segue um padrão em tom pastel, prevalecendo bege com marrom. Dando um toque especial, tem lá um bicho de pelúcia grandão: a mascote duckbill, ou, traduzindo, a mascote ornitorrinco; o mamífero é também motivo de diferentes souvenirs, vendidos na cafeteria.
== Abre de segunda a sábado, das 7h30m às 21h; e aos domingos e feriados, das 9h às 19h. Saiba mais em @duckbill.umuarama.

Íris e sua Le Petit Chéri
Não é nova, em Umuarama; começou como sorveteria, em 2014, mas, acompanhando as preferências dos clientes, foi se reinventando, se reinventando… Tornou-se uma padaria artesanal, por ter se especializado em pães especiais [de fermentação natural] e outros produtos sofisticados.
Entrou no nosso roteiro pelas novidades lançadas de um ano para cá. A proprietária Iris Ziober tem extremo zelo por tudo que faz. “Eu testo receita por receita e só ponho no cardápio quando chego ao resultado que considero excelente”, assegura.
Assim nasceu o croassã da Petit, feito como manda a tradição [com manteiga, massa macia por dentro e crocante por fora], que está entre os mais pedidos. “Nosso diferencial são os ingredientes; procuramos usar só produtos de primeira linha, sempre que possível orgânicos”, informa a chefe de cozinha. Na definição dela, “cozinha afetiva e integrativa”.

Mas para quem vai lá obcecado por um doce, encontra o paraíso. O brownie com sorvete, o petit gâteau, a pavlova com frutas vermelhas, o creme de papaya; o bolo redvelvet, de laranja, de cenoura americano… Iguais não têm em Umuarama.
Localizada na Avenida Maringá [última quadra antes da Avenida Londrina], o ambiente é confortável e tranquilo. Tem uma aura que agrada os intelectuais [com o projeto de receber livros doados e deixá-los à disposição para quem quiser levar para casa].
== Abre de terça a sábado, das 9 às 18h. Saiba mais em @lepetitcheri

Priscila e sua Sodiê Doces
Propagando uma vida “mais doce e bons negócios”, enfim chega a Umuarama a maior franquia de bolos do Brasil, a Sodiê, dona de 340 lojas no país. Aqui, à frente do empreendimento está Priscila Rando, 42 anos.
A empresária de Cascavel mudou-se para Umuarama e, há dois meses, na Rua Doutor Camargo, abriu a loja que oferece mais de 140 sabores de bolos artesanais, de receitas caseiras a elaboradas [incluindo as tortas], e ainda as de zero açúcar e salgadas.
Priscila disse que precisava investir, conhecia a franquia paulista [idealizada e criada por uma mulher simples, como dizem, e que ficou bem famosa por causa disso] e decidiu apostar. “Em Cascavel tive um restaurante e cursava a faculdade de Nutrição; já vim com certa experiência, somada à minha disposição de empreender”.

Ao entrar na loja, impossível não se impactar [positivamente, claro] com a beleza das guloseimas finas oferecidas. “É beleza e muuuito sabor associado”, acentua Priscila, informando que o carro-chefe da casa é a torta de morango com leite condensado.
Entre as mais pedidas estão também as que incrementam o paladar com chocolate suíço, damasco, limão siciliano, avelã, pimenta… São muitos sabores! A queridinha red velvet tem nas versões brasileira e americana. A variedade de bombons e de cafés especiais também é convite certeiro.
Tudo é produzido em Umuarama. Sua equipe, composta por oito profissionais, passou por treinamento em São Paulo e mais um em Umuarama. “Todos estão entusiasmados com o emprego e, como eu, acreditando na boa receptividade dos umuaramenses”, afirma a empresária.
== == Abre de segunda a sábado, das 9 às 19h; aos domingos, das 9 às 12h. Saiba mais em @sodiedoces.umuarama





