
Icaraimense é eleita a 41ª Miss Brasil Gay em Juiz de Fora, Minas Gerais
Muryllo Lorenzoni tem 36 anos e recebeu a coroa no último domingo (20)


Muryllo Lorenzoni, 36 anos, foi proclamado como Miss Brasil Gay 2023 no último domingo (20). A competição que designou a 41ª Miss Brasil Gay aconteceu entre a noite do sábado (19) e a madrugada do domingo (20), na cidade de Juiz de Fora (MG). Ele é natural de Icaraíma e seu pai reside em Umuarama. O evento contou com a apresentação da cantora Lexa.
OBemdito conversou com Lorenzoni que contou que além de possuir doutorado pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) em Estudos de Cultura Contemporânea, está no 5º ano do curso de medicina. Em 2017, quando alcançou a aprovação para o doutorado, buscou uma pesquisa que abordasse temas relacionados a gêneros e concursos, optando por investigar o Miss Gay mais especificamente o fenômeno do transformismo. Ao contrário de transexuais e travestis, os transformistas não adotam uma identidade de gênero permanente, como explica Muryllo.
“O transformismo não é um gênero em si, mas sim uma forma de expressão artística com uma duração determinada, baseada na performance. Muryllo não é Muriel. Muryllo se transforma em Muriel durante uma performance artística. É uma questão de fluidez”, esclarece.
Muriel foi grandiosamente aclamada como a grande vencedora da noite, conquistando o título de Miss e tornando-se representante do Espírito Santo (ES) na etapa nacional realizada em Juiz de Fora, MG. A escolha do estado para representar deve-se à sua história de notável superação social e política, uma vez que sua trajetória teve início durante o período da ditadura militar. Essa é a 9ª coroa que o ES conquista. Portanto a seleção do estado foi uma decisão fundamentada na confiança em sua capacidade.
“Este não é o fim, continuaremos a propagar a mensagem sobre a luta LGBT+. Quando penso em diversidade, penso em todos: diferentes corpos, raças, gêneros, pessoas com deficiência, entre outros. Precisamos estar ao lado uns dos outros para alcançar a inclusão, é necessário participar ativamente em todos os ambientes. Quanto mais desmistificamos as ideias preconcebidas, maior é a nossa aceitação”, concluiu Lorenzoni.




