Segunda cirurgia para tratamento de arritmia é realizada no Instituto Nossa Senhora
O Instituto Nossa Senhora Aparecida (Insa) teve neste sábado (16) sua segunda cirurgia para tratamento da arritmia, em Umuarama. Considerado […]
O Instituto Nossa Senhora Aparecida (Insa) teve neste sábado (16) sua segunda cirurgia para tratamento da arritmia, em Umuarama. Considerado um sucesso, o procedimento foi realizado pelos médicos João Augusto Silva Brustulim, 40 anos, e Gabriel de Abreu Silva, 34 anos, ambos de Londrina.
Eles enfatizaram a qualidade tecnológica do hospital e a parceria com os profissionais locais, que se destacam nacionalmente pela qualidade dos serviços prestados. “Estamos ampliando cada vez mais nossa rede de serviços, dispondo da mais moderna tecnologia a serviço da vida”, destacou o médico Eder Voltollini, cardiologista hemodinamicista do Insa.
A eletrofisiologia é empregada para tratar arritmias cardíacas que provocam batimentos anormalmente rápidos e não relacionados a emoções. Quando o paciente apresenta pontos elétricos que desencadeiam a arritmia, isso pode causar sintomas incômodos e em casos extremos, levando a situações graves, como parada cardíaca e até mesmo óbito, embora felizmente esses sejam casos raros.
Pessoas que sofrem com essa comorbidade experimentam desconforto significativo, principalmente devido aos súbitos disparos do coração, que podem resultar em tontura, queda de pressão, dor no peito e, em alguns casos, complicações mais graves.
“O procedimento é pouco invasivo. Em vez de realizar uma cirurgia com corte no peito do paciente, utilizamos uma punção na veia da virilha, conhecida como veia femoral, para posicionar os cateteres dentro do coração. Dentro do órgão, esses cateteres conseguem mapear e localizar os pontos de arritmia, realizando testes para restaurar o ritmo cardíaco normal enquanto cauterizam os pontos que geram a arritmia no paciente”, explicou Silva.

Foco da doença
A lesão é chamada de ablação e consiste em tratar o foco da arritmia com o uso do cateter. Existem duas modalidades, sendo a radiofrequência a mais comum em todo o mundo devido à sua eficácia na microcauterização do tecido. A criocauterização, que envolve o congelamento do tecido, é menos utilizada na prática, sendo reservada para casos excepcionais. No entanto, tem havido um aumento no seu uso no tratamento da fibrilação atrial.
“O caso de hoje é uma ablação com radiofrequência, o método mais tradicional, usado quando o paciente apresenta um único ponto de arritmia no coração. É um caso mais comum”, relatou Brustulim.
O diagnóstico desse tipo de condição pode ser feito de várias maneiras. Em alguns casos é identificado no pronto-socorro quando o paciente apresenta taquicardia supraventricular. Nesses casos, a arritmia pode ser tratada com medicamentos ou por meio de cauterização.
Smartwatches
“Atualmente, os smartwatches têm desempenhado um papel importante na identificação dessas condições. Quando uma pessoa experimenta um episódio de arritmia, o relógio registra o eletrocardiograma. Alguns dos meus pacientes relataram que suas arritmias duram cerca de 10 minutos. Quando eles chegam ao hospital, o problema já passou e eles melhoraram por conta própria. Muitas vezes, eles recebem o diagnóstico errado de ansiedade, o que pode levar anos para ser corrigido”, explicou Brustulim.
Para aqueles que não têm acesso a smartwatches, o médico explicou que é possível usar a câmera do celular para verificar os batimentos cardíacos caso suspeitem de alguma anormalidade. Existem aplicativos que realizam essa leitura pela câmera do celular, basta procurar por ‘monitor de frequência cardíaca’ e seguir as instruções fornecidas pelo aplicativo.
“Uma das minhas pacientes teve a frequência cardíaca registrada em 190 batimentos por minuto (bpm). Quando a questionei sobre suas atividades, ela relatou estar apenas sentada. Isso não é normal. Todos os sinais apontavam para arritmia e não para ansiedade, pois neste último caso a frequência cardíaca geralmente atinge 110, 120 ou 130 bpm. 190 bpm não é um diagnóstico de ansiedade. Realizamos o estudo eletrofisiológico, identificamos o ponto da arritmia e tratamos”, observou Brustulim.
Pessoas de todas as idades
Os médicos enfatizaram que essa comorbidade pode afetar pessoas de todas as idades e encorajaram qualquer pessoa que suspeite de arritmia a procurar um cardiologista o mais rápido possível. Eles também destacaram que o procedimento apresenta risco extremamente baixo e que nem mesmo se recordam da última vez que enfrentaram uma complicação significativa.
Além disso as taxas de cura são muito altas, com um tratamento que geralmente requer menos de um dia de internação hospitalar. Os pacientes podem retomar rapidamente suas atividades normais como trabalho e exercícios físicos, em cerca de uma semana através de um procedimento minimamente invasivo.
Para obter orientações sobre esse ou outros casos de saúde, os interessados devem entrar em contato com o Instituto Nossa Senhora de Umuarama, uma instituição de referência que oferece atendimento de saúde excepcional para a população. O Instituto está localizado na Rua Guadiana, 4095, Centro, Umuarama, e pode ser contatado pelo telefone (44) 3621-2177.







