
PF executou três mandados de prisão preventiva em Umuarama durante a Operação Grade A
Também foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão na cidade, nesta quinta-feira (19)


A Polícia Federal divulgou, na tarde desta sexta-feira (20), que três pessoas com mandados de prisão preventiva foram procurados em Umuarama durante a Operação Grade A, que investiga a prática de descaminho, organização criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo empresas do segmento comercial. Também foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão na cidade.
A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (19) e, em Umuarama, teve como alvo pelo menos duas lojas de telefonias ligadas à marca Claro que seriam suspeitas de revender produtos descaminhados do Paraguai.
A Capital da Amizade foi uma pequena parte da ação integrada de 350 policiais federais e 53 servidores da Receita, que cumpriram 70 mandados de prisão preventiva e 95 de busca e apreensão no Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Piauí.
A investigação apura esquema de importação clandestina de eletrônicos procedentes do Paraguai. As mercadorias são adquiridas por vendedores atacadistas e introduzidas irregularmente no mercado brasileiro para posterior revenda.
As diligências apontaram que os eletrônicos eram trazidos ao Brasil através de entradas secundárias na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai, armazenados em pontos de apoio na região fronteiriça, e então transportados para outras regiões do país.
Esse trânsito se dava mediante a atuação de freteiros, que eram os responsáveis pela transposição da fronteira e entrega das mercadorias ao adquirente. O transporte até o destino era realizado mediante uso de veículos de pequeno porte equipados com compartimentos ocultos ou através de caminhões, casos em que os volumes eram acondicionados em meio a cargas de frios, grãos, entre outros.
Estima-se que os grupos investigados tenham internalizado mais de R$ 250 milhões em mercadorias desde o início da pandemia de Covid, quando ocorreu o fechamento prolongado das fronteiras entre o Brasil e o Paraguai.
O nome da operação, “Grade A”, é referência aos celulares recondicionados que são importados e negociados com frequência pelos alvos da investigação.


