Body piercer de Umuarama está entre os mais conceituados do Estado

Entusiasmo borbulha nele. Basta uma conversa rápida para ser contagiado com seu alto-astral. Filipi Manson, 32 anos, profissional que se destaca no rol dos que dominam a técnica de colocação de piercing – ele é um body piercer ou, traduzindo, um perfurador de corpo – viu neste nicho de mercado de trabalho um jeito de aliar paixão e vocação.

Tanto investiu em aprendizado que resolveu empreender na área. E os resultados positivos começam a surgir com rapidez: da quinta edição do ‘Tatuador de Ouro’, evento internacional ocorrido recentemente em Jaraguá do Sul/SC, trouxe para Umuarama o troféu de terceiro colocado na categoria ‘Melhor Piercing Exótico’. “É um prêmio muito importante para mim, pois a concorrência foi grande”, exclama. “Ainda estou comemorando”, emenda.

Filipi conta que o fascínio no mundo do piercing começou quando era adolescente. O garoto serelepe já tinha propensão para tal, digamos, aventura. “Comecei a usar piercing com 12 anos; com 13, eu mesmo me perfurava e também colocava nos amigos”. Até que resolveu se embrenhar nesse segmento.

Aos 17 anos, começou a carreira como auxiliar do famoso André Mattoso, pioneiro nesse ramo, em Umuarama. Lá ficou por dez anos. “Aprendi muito com ele e sou grato por isso”. Tentou continuar o trabalho no Rio de Janeiro [em 2015], a convite de um amigo. “Ele disse que, com meu talento, eu ia ganhar muito dinheiro lá… Não ganhei! Tinha que batalhar muito, mas muito, para ganhar o que eu ganho aqui, por isso desisti”, conta.

O próximo grande passo foi abrir seu estúdio, que leva seu nome. OBemdito foi conhecer o ambiente, que emana cheiro bom. Conforme as normas, o estúdio de piercing tem que ser tão limpo quando um consultório dentário. O do Filipe é assim: o branco reluz, refletindo assepsia, é bem iluminado e conta com um conjunto de aparelhos modernos, incluindo os de esterilização.

Depois, investiu em aparelhos de laserterapia, um deles o revolucionário Therapy EC. É que ele também faz remoção de tatuagem e de micropigmentação de sobrancelha [fez curso em São Paulo para se capacitar]. “Sou uma pessoa muito proativa! Meu leque de serviços é bem diversificado”, orgulha-se.

E deve aumentar ainda mais nos próximos anos. Filipe, que já tem mais de vinte certificados no currículo, está cursando a faculdade de Biomedicina e, ao mesmo tempo, se capacitando em Auriculoterapia. “Quero fazer muito mais daqui para frente!”, promete. “Logo vou comprar um refletor cirúrgico para incrementar ainda mais meu estúdio e tenho muitos outros planos em mente… Deus vai abrindo caminho!”

Tudo fashion!

Se piercing é uma expressão pessoal, Filipi está totalmente dentro do conceito. Atualmente carrega no corpo 14: na orelha, nariz, boca e mamilo. Mas já teve 33. “O piercing dá um up fashion no visual”, defende o body piercer, que usa o apelido como sobrenome.

Seu nome de batismo é José Filipi Cardozo Vasques, mas adotou Filipi Manson. O Manson vem do excêntrico cantor americano Marilyn Manson. “Eu era superfã dele… Imitava seus looks e por isso meus amigos começaram a me chamar assim; gostei e adotei”. Já o Filipi assim, com três ‘is’, foi por conta dos pais religiosos. “É como está na bíblia”, assegura.

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