
Júri condena padrasto acusado de assassinar Haislaine Lima Barbosa a 30 anos de prisão
Após o veredicto Edson foi encaminhado diretamente para a Penitenciária de Guaíra, local em que estava preso desde a data do crime


O julgamento de Edson Silvano Cruz, 48 anos, ocorreu na última quarta-feira (8) resultando em sua condenação a pena máxima de 30 anos de prisão em regime fechado. A maioria dos jurados decidiu por sua condenação, levando em consideração os pedidos apresentados pela promotoria do Ministério Público. Ele foi condenado por homicídio qualificado, feminicídio e motivo torpe.
O caso está relacionado com o assassinato Haislaine Lima Barbosa, de 21 anos, em 9 de novembro de 2022, em Cidade Gaúcha. Durante o depoimento do acusado, que foi gravado pelo delegado, ele confessou ter cometido um homicídio brutal, desferindo cinco facadas em sua enteada.
OBemdito conversou com o pai da vítima, Dircel de Oliveira, que compartilhou seus sentimentos sobre o julgamento. “Foi muito doloroso como pai ouvir tudo aquilo que aconteceu, a frieza do assassino, que negou, contou muitas mentiras, disse que tinha um amor de pai por ela e negando que tinha cometido aquela brutalidade. Ele pegou pena máxima. Foi um sentimento de que a justiça dos homens foi feita, mas nada trará minha filha de volta”, relatou.
Ainda segundo Dirceu durante o julgamento um vizinho testemunhou afirmando ter escutado um grito sendo abafado no exato momento em que o crime aconteceu.
O pai morava em Mato Grosso do Sul na época do crime e recebeu a notícia de que sua filha havia sido esfaqueada e estava no hospital enquanto chegava em Cidade Gaúcha para visitar a família.
Familiares e amigos da vítima expressaram sua indignação em frente ao forum, pendurando faixas com os dizeres “O luto virou luta! Queremos justiça. Eterna Haislaine” e “5 facadas e a intenção não era matar?”. Protestos no local exigiam justiça.
Entenda o caso
Haislaine Lima foi vítima de feminicídio em 9 de novembro de 2022, em Cidade Gaúcha, com cinco golpes de faca. Inicialmente, o padrasto, Edson Silvano Cruz, afirmava tê-la encontrado nessas condições, mas as investigações revelaram que ele próprio a havia esfaqueado.
Diante das evidências, o acusado admitiu que o crime foi motivado por um episódio de assédio sexual, no qual tocou as nádegas de Haislaine, que reagiu rejeitando a situação e assumindo uma postura defensiva. Com medo de ser denunciado ele pegou uma faca na cozinha, atacou a jovem, depois a lavou a arma e a guardandou em uma gaveta. No momento do crime eles estavam sozinhos na casa.
O delegado responsável pelo caso na época, observou contradições nas respostas do acusado, aumentando as suspeitas. As imagens de uma câmera de segurança foram cruciais para a rápida resolução do caso, mostrando o padrasto entrando sozinho na casa, eliminando a possibilidade de envolvimento de terceiros.
Haislaine era mãe de um menino chamado Matheus, de 4 anos, e continua sendo lembrada e homenageada por seu marido, Everton Vinicius Diniz, familiares e amigos em suas redes sociais.



