
Conheça o elenco principal do filme ‘O Milagre de Juranda’, que começa ser rodada em janeiro
Moradores da região também ganham papel, já que serão convidados para figuração


O município de Juranda (a 108 quilômetros de Umuarama) será cenário, literalmente, de um filme de projeção internacional. O longa-metragem ‘O milagre de Juranda’ vai contar a história centralizada na figura de Lucas Maeda de Oliveira, hoje com 16 anos, que quando criança sofreu um acidente gravíssimo, teve traumatismo craniano, foi desenganado pelos médicos, mas sobreviveu. Um milagre, conforme atestou, quatro anos mais tarde, o Vaticano.
A história de fé comoveu as equipes das produtoras Arene e RN, de São Paulo, que resolveram assumir a missão de contá-la pelo viés da sétima arte. A largada para os trabalhos já foi dada, incluindo a contratação de artistas reconhecidos nacionalmente, como Paulo Beti, Cláudio Gabriel, Danni Suzuki e Dudu Azevedo. O início das gravações está previsto para janeiro próximo.
Um dos artistas mais conhecidos do Brasil, Paulo Beti, o eterno Temóteo da novela ‘Tieta’, tem dezenas de novelas e filmes em sua biofrafia. Atualmente, Cláudio Gabriel dá vida ao personagem Tadeu, de Terra e Paixão, também na Globo. Dudu Azevedo se notabilizou como Jesus, na super produção da Record. Além de atriz, Danni Suzuki é diretora e apresentadora.
Os demais integrantes do elenco são todos artistas paranaenses. A seleção atraiu profissionais de várias cidades do Paraná. O personagem principal, que vai interpretar Lucas, é Felipe Batista, de Maringá. Além dele, cerca de 50 atores e atrizes serão contratados.

A equipe de executivos apresentou o projeto à imprensa na última quarta-feira (8/11), em coletiva no auditório do Centro Cultural de Juranda e expos planos e estratégias para fazer uma obra comovente, como pede o tema. Também participaram o diretor do filme, Daniel Santos, e o roteirista Rafael Luz.
“Será um prazer poder participar da produção dessa grandiosa obra, que vai valorizar os talentos do Estado; foi surpreendente o número de atores e atrizes que vieram para os testes; vamos conseguir montar um elenco muito bom”, disse a diretora executiva da RN, Fran Oliveira, ao abrir a coletiva. Sua colega, a diretora executiva Lilian Abreu, também participou.

Thayse Christo, diretora executiva da Arene, destacou como um fato importante a descentralização da indústria cinematográfica. “Ela sai dos grandes centros; estamos trazendo para o interior do Paraná, onde temos certeza de que vamos fazer um grande trabalho! Para nós hoje é um dia histórico”.
Já o diretor descreveu o projeto como “um grande desafio”, porque a história ultrapassa as barreiras do país. “É um trabalho que exige atenção redobrada pois, no desenrolar da trama, temos por missão também renovar a fé das pessoas que vão assisti-lo”. Daniel, que tem no currículo 40 anos de experiência na Rede Globo, informou que as gravações serão com câmeras digitais cinematográficas – “Talvez em 8k” – e começam na segunda quinzena de janeiro.

O roteirista, que dedicou quatro meses para pôr a história no papel, falou do desafio que ela representa. “Eu me concentrei ‘full time’ nesse projeto porque quero que a mensagem que vamos repassar fique no coração das pessoas”, justificou, lembrando que normalmente um roteiro demanda, no mínimo, um ano de trabalho.
Com a preocupação de imprimir a atmosfera da pacata e solidária Juranda, as ruas, a igreja e o hospital da cidade, o apartamento do avô do Lucas, as cachoeiras e outros locais bacanas das áreas urbana e rural ganham protagonismo, no drama: tudo vai virar cenário e balizar a contação da história, começando pelo cotidiano do Lucas e sua família.
Moradores da região também ganham papel, já que serão convidados para figuração [o filme vai envolver cerca de 200 figurantes]. Por trás das câmeras vão atuar cerca de 200 profissionais.

História de esperança
A prefeita de Juranda Leila Miotto Amadeu, ao lado da vice, Joelma Damasceno Demeneck, e do pai do Lucas, João Batista Oliveira, expôs suas expectativas em relação ao filme, que deverá projetar ainda mais o município mundo afora.
Ela fez um resumo do ousado projeto de transformação do município pela vertente do turismo religioso. Depois de citar as obras concluídas ou prestes a começar, ela acentuou que o filme vem para fechar com chave de ouro os propósitos da comunidade jurandense. “Quando tem as mãos de Deus o processo anda mais rápido”.
Leila também salientou que o megaprojeto tem cunho ecumênico: “A meta principal é atrair pessoas de todas as religiões para momentos de oração em Juranda, para que saiam daqui com a alma renovada! Digo sempre que o milagre que abençoou o Lucas vai se transformar em muitos outros milagres, porque é uma história de esperança”.









