
Filha de Ivone Carola espera justiça após o atropelamento que resultou na morte de sua mãe
A umuaramense era mãe de cinco filhos, de 22, 19, 14, 9 e 5 anos


Graziela Dias Farias, de 22 anos e moradora de Palotina, entrou em contato com OBemdito nesta sexta-feira (1º/12) para manifestar seus sentimentos após a morte de sua mãe, a umuaramense Ivone Dias Carola, de 40 anos, que veio a óbito na UTI do hospital Uopeccan 24 dias após ser atingida de motocicleta por um condutor de automóvel que se recusou a fazer o teste do bafômetro. A jovem afirma que espera que justiça seja feita.
O acidente aconteceu no dia 4 de novembro. Na ocasião, Ivone conduzia uma motocicleta e estava acompanhada de um idoso de 60 anos. No cruzamento das avenidas Guanabara e Ângelo Moreira da Fonseca, o veículo foi atingido pelo condutor de um automóvel. O motorista não se feriu, porém tanto Ivone quanto o idoso foram encaminhados para o hospital Uopeccan. O garupa recebeu alta, porém a umuaramense veio a óbito após ficar 25 dias internada.

Graziela permaneceu ao lado da mãe durante todo o tempo enquanto tomava conta de seus dois irmãos menores, um menino de 9 anos e uma menina de 5. Ela teve que se adaptar nas idas e vindas de Palotina para Umuarama para ficar junto com a mãe, pois a equipe médica alertava que o estado dela era preocupante, uma vez que ela que sofreu um traumatismo de crânio e fraturas por várias regiões do corpo.
Ivone foi sepultada nesta quinta-feira (30) sob forte comoção de familiares e amigos, que imprimiram camisetas com o rosto da umuaramense. Ao todo, a mulher era mãe de 5 filhos.

Ao se recusar a fazer o etilômetro no dia da colisão, o motorista recebeu voz de prisão pela Polícia Militar (PM), sendo encaminhado à 7ª Subdivisão Policial (SDP), onde foi ouvido, pagou fiança e foi liberado logo na sequência.
“Eu espero que ele pague, da forma que a Justiça determinar. Que seja na forma de uma indenização para os meus irmãos menores, eu não digo nem tanto por mim e pelo meu outro irmão (de 19 anos) porque nós já somos grandes, mas pelos meus outros irmãos (de 14, 9 e 5). Ele tirou uma vida, tirou uma mãe”, lamentou Graziela.
A jovem também afirma que a família chegou a tentar contato com o motorista do carro, porém o homem se recusou a manter contato com a família, sempre se apresentando através de advogados. “Eu espero que ele não fique impune”.
A Delegacia de Polícia Civil de Umuarama afirmou que uma investigação está sendo conduzida para apurar o ocorrido, porém adiantou que dependendo da situação, o homem poderá responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e até doloso (quando há intenção).
Graziela obteve o boletim de ocorrência do dia da colisão e no momento segue aguardando o resultado do laudo do IML (Instituto Médico Legal) de Umuarama, que tem previsão de ser concluído na próxima quinta-feira (7).
A jovem também deixou uma mensagem de reflexão para condutores:
“É fundamental compreender que dirigir após a ingerir álcool é uma escolha irresponsável que pode ter consequências, assim como aconteceu com minha mãe. Ela nos deixou por conta de irresponsabilidade de uma pessoa que assumiu culpa, pois estava embriagado. Vamos nos conscientizar que há vida além da nossa, hoje foi minha mãe, mas pensamos juntos quantas pessoas que deixam as famílias por conta de imprudência de alguém no trânsito.”
