
Haitiana que reside em Umuarama faz campanha para trazer as três filhas para o Brasil
Sabrina trabalha como zeladora na Sorvetes Guri e é uma grande batalhadora


Sabrina Jeudy está lutando com ‘unhas e dentes’ para trazer suas três filhas para o Brasil. A mamãe, que está com muita saudade, reside em Umuarama e trabalha como zeladora da empresa Sorvetes Guri, que inclusive está ajudando na campanha para arrecadar o dinheiro necessário para as documentações e passagens.
Simpática, linda e batalhadora, ela conversou com OBemdito. Disse que entrou no país em 7 de março de 2020 e passou a morar em São Paulo. Em busca de emprego, em 26 de outubro de 2021 mudou-se para Umuarama. Pouco tempo depois, em dezembro, começou a trabalhar na indústria da sorvetes Guri.
Sabrina é mãe solteira de três meninas de 10, 7 e 5 anos: Ruth Sargine Benginie, Dieumima Jean Baptiste e Neysa Maraisa Jeudy. Sem ajuda dos pais, quem cuida das crianças no Haiti são os avós da zeladora. Ela disse que desde que veio para o Brasil não teve mais oportunidade de encontrar com as filhas e que elas conversam apenas por vídeo chamada.
As meninas, inclusive, sabem que a mãe está mobilizada para trazê-las para Umuarama e estão ansiosas. “A caçula falou que se eu não for buscar ela, ela não vai mais pra escola”, contou.

CAMPANHA
A campanha de arrecadação de dinheiro está acontecendo via Pix, direto para Sabrina – a chave é 44999151202 – nome de Sabrina Jeudy – Nu Pagamentos. Qualquer valor pode ser doado e, com certeza, ajudará a mãe que está travando essa batalha para trazer as meninas para perto de si. O visto é aberto apenas em janeiro, por isso, o valor tem que ser arrecadado até janeiro de 2024.
OBemdito também conversou com Isaac de Azevedo Catao Filho, gerente de compras da Guri e companheiro de trabalho de Sabrina. Ele está ajudando com a campanha e explica que ela chega a passar necessidades e arruma trabalhos extras (como de garçonete) para poder enviar dinheiro para o sustento das crianças.
Em um vídeo, Isaac explica que a companheira de empresa conseguiu pagar os passaportes de duas filhas e falta de apenas uma – o que custa cerca de R$ 3 mil. Além disso, ela precisa de dinheiro para pagar os vistos e as passagens das meninas. Tudo isso resulta em um valor de aproximadamente R$ 19 mil.
“Hoje a Sabrina trabalha com muita luta, com muita dificuldade. Todo recurso que ela tem aqui no Brasil, ela envia para pagar a educação das suas filhas no Haiti e ajuda financeira para que elas se alimentem lá”, disse o gerente de compras, que acrescentou que por vezes os colegas de trabalho flagram Sabrina chorando pelos cantos com saudades de suas filhas.
“Preciso muito rever minhas filhas. Conto com vocês. Já agradeço. Mesmo se for pequeno [valor reduzido], não é para vocês falar que é pequeno. Qualquer valor que aparece será bem-vindo”, finalizou Sabrina. O telefone para contato é (44) 99915-1202.
