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Prefeitura de Alto Piquiri faz operação de emergência para conter surto de dengue

Só nas duas últimas semanas, 204 pacientes foram positivados para a doença

O trabalho dos agentes de endemias é de fundamental importância no controle do vetor da dengue (FOTO ILUSTRATIVA/AEN)
Prefeitura de Alto Piquiri faz operação de emergência para conter surto de dengue
Leonardo Revesso - OBemdito
Publicado em 5 de janeiro de 2024 às 11h43 - Modificado em 20 de maio de 2025 às 18h27

O número de casos de dengue vem aumentando de um dia para o outro em Alto Piquiri (a 44 quilômetros de Umuarama). Só nas duas últimas semanas, 204 pacientes foram positivados para a doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. 

Na manhã desta quinta-feira (4), pelo menos 50 pessoas procuraram o Pronto Atendimento da cidade, que está operando acima da capacidade. Por conta da situação crítica, o prefeito Giovane Mendes de Carvalho colocou em prática uma série de medidas emergenciais.

Os agentes de endemia tiveram as férias adiadas para fazerem os procedimentos de bloqueio larvário e bloqueio costal nos pontos mais críticos. Eles entram nas residências e destroem focos do mosquito transmissor, que deixa suas larvas em recipientes com água parada. Em seguida, lançam jatos de inseticida nos locais, para mantar o vetor adulto.

Limpeza de bueiro na cidade

A Prefeitura também fez a limpeza dos bueiros que, por conta do lixo jogado indevidamente nas ruas pelos moradores, acabam ficando entupidos, com acúmulo de água parada, tudo o que o Aedes aegypti mais gosta para cumprir seu rápido ciclo de reprodução.

Várias secretarias da administração municipal estão com equipes nas ruas. “Acendemos o alerta máximo. Todo o governo municipal está empenhado em resolver o problema, que se agrava agora com as chuvas de verão. Mas é de fundamental importância que a comunidade faça a sua parte. Peço a cada morador, a cada família, que dê uma geral no quintal de casa e elimine os pontos de água parada, em latas, garrafas, pneus velhos, restos de materiais de construção”, disse Giovane de Carvalho.

O prefeito também enfatizou a importância da limpeza de ralos, calhas e pratos dos vasos de plantas, que precisam ser aterrados. Um dado do Ministério da Saúde mostra que 90% dos focos (criatórios) do mosquito da dengue estão dentro das residências, fora do alcance do poder público. “Mais que nunca devemos estar unidos, no mesmo propósito”, reforçou Carvalho.

Sintomas e riscos

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica. Varia desde casos assintomáticos a quadros graves, que podem levar a óbito. A primeira manifestação na pessoa contaminada é a febre, geralmente acima de 38ºC, de início súbito e duração de 2 a 7 dias, associada à fortes dores de cabeça, cansaço e dor atrás dos olhos. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos a pessoa contaminada também apresenta manchas vermelhas na pele.

Com o declínio da febre (entre o 3º e 7º dia do início dos sintomas), grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente, mediante a ingestão de bastante líquido. O uso de medicamentos deve passar por orientação médica, para que o quadro de saúde não se agrave ainda mais. 

Alguns pacientes podem evoluir para a fase crítica da doença, iniciando com sinais como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar essa situação, é importante procurar imediatamente o serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.

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