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Aumento de casos de dengue faz saltar em 30% procura por repelentes nas farmácias de Umuarama

A procura por repelentes nas farmácias de Umuarama aumentou cerca de 30% em alguns locais nos últimos dias. Além do […]

Foto: Danilo Martins/OBemdito
Aumento de casos de dengue faz saltar em 30% procura por repelentes nas farmácias de Umuarama
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 17 de fevereiro de 2024 às 16h36 - Modificado em 20 de maio de 2025 às 15h51

A procura por repelentes nas farmácias de Umuarama aumentou cerca de 30% em alguns locais nos últimos dias. Além do calor, que faz aumentar a incidência de mosquitos, o salto no número de casos de dengue também faz com que as pessoas procurem mais esse tipo de proteção.

Segundo o último boletim divulgado nesta sexta-feira (16) pelo Serviço de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, o número de casos mais que dobrou em Umuarama nas últimas semanas. Do início do atual ano epidemiológico (30 de julho de 2023) até 3 de fevereiro, a cidade contava com 41 casos da doença. Nas duas últimas semanas, foram confirmados mais 44 casos, elevando para 85 o total acumulado no período. Outros 98 pacientes aguardam resultados de exames.

“Quase todos os dias vendemos uma boa quantidade. Normalmente, as pessoas procuram, além de qualidade, preço, que sempre é um fator muito importante e também a qualidade do produto”, afirmou ao OBemdito, Eduardo Henrique Pereira, que é atendente de uma farmácia na região da antiga rodoviária.

Eduardo Henrique Pereira, atendente de uma farmácia na região da antiga rodoviária. Foto: Danilo Martins/OBemdito

“Sempre que tem um surto de dengue, o pessoal corre atrás do repelente. A procura aumentou pelo menos uns 30%”, destacou Fabrício Campana, que também trabalha em outra farmácia na mesma região.

Nos dois locais onde foram consultados pelo OBemdito, os valores variam entre R$ 15 e R$ 60. Apesar do produto ser bastante procurado, especialistas alertam para os cuidados no uso do produto, principalmente em crianças.

Segundo o infectologista pediátrico do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Márcio Nehab, a norma do Ministério da Saúde e da Anvisa é que bebês abaixo dos seis meses não devem utilizar nenhum tipo de repelente, usando apenas as barreiras de proteção, ou seja, roupas de manga comprida.

Já crianças entre 2 e 12 anos, repelentes à base de DEET com concentração de 10% ou então a Icaridina, também de uso infantil. “Deve-se ficar atento à faixa etária e ao produto. A idade e a concentração dos produtos que são liberados pela Anvisa são os mais importantes”.

Foto: Danilo Martins/OBemdito

As mães também devem ficar atentas ao intervalo entre uma aplicação e outra do produto nos filhos e nos adultos. “A frequência da aplicação em crianças não deve passar de três vezes por dia e em adultos a orientação é que não se passe mais de três a quatro vezes por dia”, detalha.

Caso o produto seja utilizado junto com outro, como o filtro solar, os médicos orientam o uso do filtro solar antes do repelente, com um intervalo de pelo menos 15 minutos para que o filtro seja absorvido pela pele com posterior aplicação do repelente.

O médico também alerta sobre os cuidados que se deve ter na hora de passar o repelente nas crianças. “A recomendação é que não se aplique nas mãos, pois elas podem levá-las à boca e, com isso, podem causar algum dano. O ideal é passar em todas as áreas expostas do corpo, como também em cima da roupa”.

Além disso, segundo o especialista, não existe comprovação científica de que uma marca seja melhor do que outra ou que haja diferença entre as formas aerossol, creme ou líquido. Ele afirma ainda que ventiladores e aparelhos de ar condicionado são mais eficazes na prevenção à mordida do vetor do que aqueles produtos usados para repelir insetos em casa.

(OBemdito com Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz) 

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