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Em audiência, Jean Michel diz que não usa remédio contínuo e nega problema de saúde

Até o final da manhã desta quarta-feira o suspeito de matar esposa e sogros continuava sem advogado constituído

Foto: Reprodução
Em audiência, Jean Michel diz que não usa remédio contínuo e nega problema de saúde
Leonardo Revesso - OBemdito
Publicado em 11 de agosto de 2021 às 19h08 - Modificado em 23 de maio de 2025 às 00h47

O empresário Jean Michel de Souza disse que não faz uso de medicação de uso contínuo e que não é portador de nenhuma doença grave. Ele foi ouvido em audiência de custódia no final da tarde de terça-feira (10).

A audiência, realizada por videoconferência, foi presidida pela juíza da 2a Vara Criminal de Umuarama, Silvane Cardoso Pinto. Jean Michel não tinha advogado contratado e foi acompanhado por um defensor público. Até o final da manhã desta quarta-feira (11), o empresário seguia sem defesa constituída.

A audiência de custódia é o primeiro contato de uma pessoa presa em flagrante com o poder Judiciário. O objetivo é ouvir do próprio se houve ou não algum tipo de irregularidade na prisão, por parte da autoridade policial. O juiz não entra em detalhes sobre o crime imputado ao suspeito, que só se torna réu em caso de abertura de processo judicial.

A prisão de Jean é preventiva, como forma de evitar que ele fuja ou interfira nas investigações. De posse de um robusto pacote de provas, o delegado Gabriel Menezes afirmou estar seguro que o empresário é o autor das mortes da esposa Jaqueline Soares dos Santos, 39 anos, e dos pais dela, Antonio Soares dos Santos, 65 anos, e Helena Marra dos Santos, 59.  

Ainda na audiência, Jean Michel disse que pretendia contratar um advogado para fazer sua defesa, mas que estava sem contato dentro da cadeia para chegar a um especialista na área criminal. 

O suspeito disse não ter sofrido nenhum tipo de ameaça, violência ou agressão no momento da prisão, por parte dos policiais, mas que houve uma pressão psicológica para que ele confessasse o crime. 

“Eu me propus a ajudar, a esclarecer, tudo mais, o que é interesse meu, mas eles ficaram me indagando, me forçando, como que eu era culpado (…), pra eu confessar, sendo que eu estou falando a verdade (que não cometi os crimes)”. 

O crime que chocou Umuarama e segue repercutindo nacionalmente, aconteceu por volta das 22 horas do último domingo (8), conforme laudos da perícia. Os corpos foram encontrados na manhã seguinte, de segunda-feira, pela empregada da família, ao chegar para trabalhar. Pai, mãe e filha foram mortos a facadas.

Jean Michel não estava morando na mesma casa da esposa, por desentendimentos com a família dela. Pessoas próximas de Jaqueline relataram à polícia que ela reclamava do ciúme obsessivo e dos rompantes de agressividade do marido. Jaqueline e a mãe estariam se tratando de depressão.  

Os corpos das três vítimas foram sepultados no início da tarde desta quarta-feira (11), em Pires do Rio, interior de Goiás. Embora tivesse residência em Umuarama e negócios em Guaíra, no Paraná, e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, a família mantinha vínculos afetivos com a cidade natal.

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