
‘Agosto Lilás’ mostra que mulheres não estão sozinhas na luta contra a violência
A Campanha Agosto Lilás, que concentra ações voltadas à prevenção, conscientização e enfrentamento da violência contra a mulher, levando ao […]


A Campanha Agosto Lilás, que concentra ações voltadas à prevenção, conscientização e enfrentamento da violência contra a mulher, levando ao conhecimento da população a lei federal 11.340/2006 – a Lei Maria da Penha – teve um saldo positivo em Umuarama, apesar das dificuldades e cuidados impostos pela pandemia de coronavírus.
De acordo com a coordenadora do Centro de Referência Especializado da Assistência Social e de Atendimento à Mulher (CREAS/CRAM), Aline Moreno de Camargo, seguindo os protocolos preventivos contra a covid-19 a equipe realizou dois dias de panfletagem nas feiras livres.
“Concedemos entrevistas divulgando os objetivos da campanha na imprensa, através de um canal de televisão local. Com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), representado pela presidente Jôze Kelly, tivemos matéria em jornal impresso e entregamos materiais ao Núcleo Regional de Educação, visando a divulgação da campanha e dos órgãos de atendimento à mulher”, detalhou.
Nas feiras, a equipe distribuiu marcadores de páginas com telefones para denúncias e apoio às mulheres que sofrem violência – atualmente, 89 mulheres de Umuarama são acompanhadas pelas equipes do CREAS/CRAM.
“A violência doméstica infelizmente faz parte da nossa rotina. As denúncias e queixas são quase que diárias. A campanha veio justamente alertar às mulheres que elas não precisam e nem podem aceitar essa situação. E também que elas não estão sozinhas”, disse a secretária municipal de Assistência Social, Izamara Amado de Moura.
Apesar do cenário de pandemia, o público foi bem receptivo ao material disponibilizado pela campanha. Este ano não foi possível desenvolver ações com maior participação, como de costume, para evitar aglomeração e devido aos cuidados preventivos recomendados pelas autoridades de saúde, diante da pandemia de coronavírus, acrescentou Aline Moreno.
“Mesmo assim, conseguimos atingir uma boa parcela da população com o apoio da imprensa e a divulgação de mão em mão. O importante é combater a violência e proteger as mulheres”, completou.
Ligado à Secretaria de Assistência Social, o CREAS/CRAM atende e acompanha vítimas da violência doméstica no município.
“Nossa equipe do atendimento à mulher tem feito a diferença nesta luta mesmo em tempos de pandemia, pois a violência doméstica permanece. O momento é de orientação e divulgação do serviço prestado a quem enfrenta situações de violência. Parabenizamos toda a equipe pela iniciativa”, agradeceu a chefe da Divisão de Proteção Social Especial, Sandra de Sousa Oliveira Prates.
A violência afeta mulheres de todas as classes sociais, idades, níveis de escolaridade, raça e religiões. Pode ocorrer em casa, entre pessoas da família ou pessoas próximas, mesmo sem a convivência sob o mesmo teto. O agressor é, geralmente, o marido ou companheiro, namorado, ex-marido, ex-companheiro, ex-namorado ou ainda o pai, irmão, tio, avô e outros parentes. Mas a violência também pode vir de outra mulher próxima.
Em Umuarama, as mulheres que vivenciam essas situações contam com um espaço destinado ao atendimento e acompanhamento no CREAS/ CRAM – Rua Pinguim, 3302, Zona VI.
O fone de contato é o (44) 3906-1101, mas há outros canais de denúncia que também podem ser acionados: a Delegacia da Mulher – (44) 3639-6557; a Polícia Militar – 190, o SAMU – 192; a Guarda Municipal – 199; e o Disque Denúncia – 180.
(Assessoria PMU)
