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Produtores rurais podem participar de curso sobre controle de formigas cortadeiras

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Umuarama fez uma parceria com o IDR-PR, a UEM e a Adapar para manejo da praga

Produtores rurais podem participar de curso sobre controle de formigas cortadeiras
Redação - OBemdito
Publicado em 13 de julho de 2024 às 11h30 - Modificado em 20 de maio de 2025 às 06h48

As formigas cortadeiras, conhecidas por sua organização, são capazes de dizimar plantações, pastos e florestas em todo o Brasil, representando um grande problema para o produtor rural, que deve estar atento à formação e ao aumento de colônias em suas terras.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com o IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), a UEM (Universidade Estadual de Maringá) e a Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), realizará uma série de três encontros sobre o manejo dessa praga.

A primeira reunião técnica aconteceu neste sábado (13), das 8h30 às 11h, na Capela Nossa Senhora do Rocio, no km 10 da PR-489, saída para Xambrê. A segunda reunião será na sexta-feira (19) da semana seguinte, das 13h30 às 16h, na propriedade de Sergio Zumas Filho, na comunidade Placa Icaraíma. A terceira reunião ocorrerá no último sábado do mês (27), das 8h30 às 11h, em Roberto Silveira, no antigo campo de futebol do distrito.

Para ilustrar os prejuízos causados pelas formigas cortadeiras, o secretário municipal de Meio Ambiente, Waltinho Sucupira, destaca que essas espécies consomem mais vegetação que qualquer outro grupo de inseto praga.

“A quantidade de vegetação cortada por saúvas em florestas tropicais pode variar de 12% a 17% da produção do ecossistema. Além disso, essa praga pode representar 75% dos custos e do tempo gasto no controle de pragas em reflorestamentos, além de provocar perda de 13% da madeira, quando as árvores de eucalipto sofrem uma desfolha de 100%”, informa.

Sucupira esclarece que um sauveiro pode viver até 20 anos e abrigar até 5 milhões de formigas. “A partir de sua fase adulta, esse grupo consome cerca de 1 tonelada de folhas por ano. É uma comunidade gigante, muito bem organizada e com um apetite enorme. Ao longo de sua vida reprodutiva, esse mesmo formigueiro gerará quase mil outros sauveiros e cerca de 4,8 bilhões de formigas operárias – um exército considerável de insetos cortadores de folhas”, avalia.

O biólogo do IDR-PR José Cosme de Lima comenta que há três formas de manejo das formigas cortadeiras: controle cultural, controle biológico e controle químico.

“O controle cultural envolve a movimentação do solo nos locais dos formigueiros; o controle biológico utiliza predadores naturais como aves, sapos e rãs; e o controle químico, essencial em alguns casos, envolve o uso de iscas tóxicas e termonebulização. Esses e outros temas são abordados em nossos encontros técnicos”, resume.

Por fim, o engenheiro agrônomo Fábio César Pereira Souza, da Secretaria Municipal de Agricultura, esclarece que não é necessário fazer inscrição antecipada para participar da reunião técnica sobre formigas cortadeiras.

“Basta comparecer. Teremos grande satisfação em receber produtores rurais, estudantes, imprensa e outros profissionais interessados em obter informações sobre o manejo de formigas, ações e projetos municipais para o setor – como o Projeto Fruticultura – e crédito rural”, afirma.

(Com informações PMU)

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