
Delegado é denunciado pelo Gaeco por facilitar a exploração de jogos de azar no PR
O Ministério Público do Paraná (MPPR) por meio do núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao […]


O Ministério Público do Paraná (MPPR) por meio do núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia nesta segunda-feira (30) contra seis pessoas investigadas na Operação Arapongas, que apura a exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro na cidade. A denúncia elenca seis crimes com diferentes participações dos envolvidos: organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, obstrução da justiça e lavagem de ativos.
Entre os denunciados, estão um delegado aposentado da Polícia Civil – que seria um dos coordenadores do esquema criminoso e teria praticado, entre outros delitos, corrupção passiva e ocultação de elementos probatórios – e uma ex-servidora da 22ª Subdivisão Policial (22ª SDP) de Arapongas, que teria recebido propinas mensais para dificultar o combate ao jogo do bicho na cidade.
Também foi denunciado um ex-presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas, acusado de atuar como chefe do esquema de exploração da contravenção do jogo do bicho, sendo o responsável pelo fornecimento de “máquinas para a feitura dos jogos ilegais para os estabelecimentos comerciais, contratar os prepostos que atuam na exploração do jogo, ordenar pagamentos e transações financeiras, bem como por determinar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos com o objetivo de facilitar a prática da contravenção”. Ao todo, ele controlaria 257 pontos de apostas do jogo do bicho.
A Operação Arapongas foi deflagrada em setembro de 2020 para apurar o funcionamento de um possível esquema de corrupção de policiais na 22ª Subdivisão Policial de Arapongas. Em sua comunicação, o grupo denominava a propina como “costuras, blusas ou encomendas”, e o bicheiro era chamado de “costureira”. Além disso, há indícios de fornecimento de informações sigilosas para o grupo criminoso por agentes da Polícia Civil.
(Assessoria)