
Demora em obras de modernização da Avenida Tiradentes gera reclamações dos empresários
A lentidão e as mudanças nas obras de melhorias da Avenida Tiradentes têm gerado desconforto aos empresários que estão situados […]


A lentidão e as mudanças nas obras de melhorias da Avenida Tiradentes têm gerado desconforto aos empresários que estão situados ao longo do trecho. Há mais ou menos dois meses as obras avançaram e compreende do cruzamento da Avenida Tiradentes com Liberdade até o cruzamento com a Presidente Castelo Branco, no sentido ao centro da cidade.
Anézio Camparoto é dono de uma borracharia que fica na extensão da avenida nos últimos meses ele viu o movimento do seu estabelecimento cair em aproximadamente 50%. “Nosso faturamento caiu bastante porque ficamos alguns dias com a avenida paralisada de tráfego e isso impediu que nossos clientes viessem até aqui. Não tem sido fácil aqui nesses últimos dias”, lembrou.

A demora nas obras trouxe indignação aos empresários. “Além da pandemia que já nos trouxe prejuízos grandes veio essa construção também. Uma estimativa por baixo que tivemos uma queda de 30 % no fluxo do lava rápido”, destacou o empresário Fabiano Souza.

Há 11 anos o lava car está instalado anexo ao posto de combustíveis e nunca antes havia tido um déficit como nos últimos meses. “Eu precisei abrir um outro lava rápido para dividir os funcionários. Antes lavávamos aqui 52 carros por dia e isso caiu. Caminhões não entram mais aqui então precisei me adaptar”, observou.
A revitalização consta com o alargamento de pista de tráfego, reformulação do canteiro central, além de diminuição do espaçamento das calçadas. O trecho já executado com tráfego liberado é do viaduto da PR-323 até o cruzamento com Avenida Liberdade.
Um dos pontos de reclamação dos empresários é com a situação das calçadas. “Mudo as vias de estacionamento e com isso as guias rebaixadas foram retiradas e isso dificulta o acesso para nós. A pessoa para vir até aqui (borracharia) precisa entrar pelo posto e descer até aqui”, reforçou Anézio.
Os trabalhos estão sendo executados por uma empresa terceirizada e que venceu a licitação. As obras tiveram início em outubro e está longe de ser concluída. O asfalto necessita de melhorias, os espaços de calçamento (paver), além de outros ajustes. “Quando finalizar esperamos que o nosso movimento também melhore e nos traga bons resultados. Todos os empresários que estão neste trecho estão sofrendo com as consequências e lentidões dessa obra”, enfatizou.
O QUE DIZ A PREFEITURA
A Secretaria de Obras, Planejamento Urbano, Projetos Técnicos e Habitação informa que antes de iniciar as obras na Avenida Tiradentes a Prefeitura realizou reunião para apresentar o projeto aos empresários locais, além da audiência pública. Considerando que obra anda não está entregue, a empreiteira contratada é responsável pelo reparo de todo e qualquer tipo de destruição que ocorrer, como é o caso das calçadas e meio-fio. Por conta da execução em andamento, o trecho ainda não está com a sinalização definitiva. A Diretoria de Obras está seguindo o projeto licitado, exigindo e fiscalizando a sua execução.
Quanto aos retornos, que também foram discutidos na reunião com os empresários, o projeto traz a quantidade mínima conforme estudos para dar segurança aos usuários da via. Além disso Umuarama se desenvolve a passos rápidos e tem na Tiradentes a principal entrada da cidade, por isso a prioridade foi dar maior fluidez ao tráfego. O projeto foi realizado em conjunto com a Umutrans, em relação à engenharia de tráfego. Sobre o tempo de execução, o município tem notificado a empresa contratada, cobrando aumento do ritmo de trabalho.
Além disso, as calçadas estão sendo executadas de acordo com o previsto no Código de Obras do município, que prevê inclinação mínima para direcionar a água à sarjeta e consequentemente ao sistema de drenagem, evitando que a água oriunda do passeio público adentre aos imóveis.
Principal via de acesso a Umuarama, a avenida Tiradentes passa por uma verdadeira transformação, com a revitalização total das duas vias, reestruturação dos canteiros centrais e das calçadas. A obra inclui ainda a pavimentação asfáltica e recape entre o viaduto Alexandre Ceranto (na rodovia PR-323) até o cruzamento com a avenida Presidente Castelo Branco.
O projeto recebeu o investimento de R$ 2,5 milhões da administração municipal. A avenida ficará com três vias em cada mão, além pontos de estacionamento e ciclovia. “As pistas de rolagem foram alargadas e os canteiros centrais e calçadas redimensionadas, tudo para dar mais fluidez ao trânsito, bastante pesado naquele local”, observa, acrescentando que a obra deve ser entregue nos próximos meses, dependendo também das condições climáticas.