Redação Publisher do OBemdito Decisão da Polícia Civil pode levar à demissão de delegado condenado por matar esposa e enteada
O governador Ratinho Junior decidirá sobre a demissão ou não
O delegado Erik Busetti, condenado a mais de 38 anos de prisão pela morte da esposa, Maritza Guimarães de Souza, e da enteada, Ana Carolina de Souza, pode ser demitido de seu cargo após uma decisão conjunta do Conselho da Polícia Civil. A medida foi acatada por unanimidade por sete conselheiros após a análise do caso, em julgamento realizado na segunda-feira (7).
Agora, o processo será encaminhado ao governador Ratinho Junior (PSD), que decidirá sobre a demissão ou não do delegado. De acordo com a polícia, o relator do caso recomendou a demissão de Busetti “pelo bem do serviço público”.
Desde março de 2020, quando ocorreram os homicídios, o delegado recebeu mais de R$ 1,3 milhão em salários brutos. Cerca de três meses após sua condenação, ele continua a receber um salário médio bruto de R$ 28 mil, enquanto a defesa recorre da sentença.
A decisão do Conselho de Sentença também se baseia na determinação judicial da Justiça do Paraná, que decretou a perda do cargo de delegado. Quatro dias após a condenação, a juíza Fernanda Orsomarzo enviou um ofício à Corregedoria-Geral da corporação para comunicar essa perda.
Enquanto o governo não se pronuncia sobre a situação, Busetti permanece ativo no quadro da Polícia Civil do Paraná, uma vez que sua defesa interpôs recurso, resultando na suspensão dos efeitos da decisão condenatória até que haja o trânsito em julgado — momento em que a decisão judicial se torna definitiva e não pode mais ser contestada por meio de recursos.
A defesa de Busetti, por sua vez, se manifestou por meio de nota, afirmando que irá analisar a decisão na íntegra antes de decidir quais medidas legais serão adotadas. No texto, afirmaram:
“O escritório Dalledone & Advogados Associados irá analisar, na íntegra, o teor da decisão do Conselho da Polícia Civil, para tomar as medidas legais adequadas e restabelecer o cargo de Erik Busetti, já que os fatos em julgamento jamais tiveram qualquer relação com sua atividade de Delegado de Polícia, função que desempenhou de forma exemplar.”
(Com informações Banda B)
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