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MDB perde liderança e PSD se torna o partido que mais elegeu prefeitos em 2024

O partido de centro garantiu 888 prefeituras já no primeiro turno

Foto: Danilo Martins/OBemdito
MDB perde liderança e PSD se torna o partido que mais elegeu prefeitos em 2024
Redação - OBemdito
Publicado em 8 de outubro de 2024 às 13h40 - Modificado em 20 de maio de 2025 às 00h08

Após 30 anos dominando as prefeituras brasileiras, o MDB perdeu sua posição de liderança para o PSD. O partido de centro garantiu 888 prefeituras já no primeiro turno, superando as 659 obtidas em 2020.

De acordo com os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mesmo sem o maior número de prefeituras, o MDB também cresceu em relação às últimas eleições, passando de 790 para 865 prefeitos eleitos, consolidando-se como a segunda força política do país.

Em terceiro lugar, o PP elegeu 752 prefeitos, também apresentando crescimento em relação aos 679 municípios conquistados em 2020.

Força do Centrão

Os partidos que formam o bloco do Centrão — PSD, MDB, PP e União Brasil — juntos, agora administram metade das prefeituras do Brasil. Segundo o TSE, foram mais de 3 mil prefeituras garantidas no primeiro turno, incluindo importantes capitais como:

  • Boa Vista (RR): Arthur Henrique (MDB)
  • Florianópolis (SC): Topázio Neto (PSD)
  • Macapá (AP): Dr. Furlan (MDB)
  • Rio de Janeiro (RJ): Eduardo Paes (PSD)
  • Salvador (BA): Bruno Reis (União Brasil)
  • São Luís (MA): Eduardo Braide (PSD)
  • Teresina (PI): Silvio Mendes (União Brasil)

Esse número ainda pode crescer, já que partidos do centro também têm candidatos no segundo turno em diversas cidades.

Disputa acirrada nas capitais

O segundo turno promete mais disputas relevantes nas seguintes capitais:

  • Belém (PA): Igor (MDB) x Delegado Eder Mauro (PL)
  • Belo Horizonte (MG): Bruno Engler (PL) x Fuad Noman (PSD)
  • Campo Grande (MS): Adriane Lopes (PP) x Rose Modesto (União Brasil)
  • Curitiba (PR): Eduardo Pimentel (PSD) x Cristina Graeml (PMB)
  • Goiânia (GO): Fred Rodrigues (PL) x Mabel (União Brasil)
  • João Pessoa (PB): Cícero Lucena (PP) x Marcelo Queiroga (PL)
  • Natal (RN): Paulinho Freire (União Brasil) x Natália Bonavides (PT)
  • Porto Alegre (RS): Sebastião Melo (MDB) x Maria do Rosário (PT)
  • Porto Velho (RO): Mariana Carvalho (União Brasil) x Léo (Podemos)
  • São Paulo (SP): Ricardo Nunes (MDB) x Guilherme Boulos (PSOL)

O PSOL, que tem Boulos como seu maior nome, não conseguiu eleger nenhum prefeito no primeiro turno. Já o segundo turno em São Paulo será um dos focos de atenção nacional.

Crescimento da polarização

Embora a centro-direita tenha saído fortalecida, a polarização política segue firme. O PT, partido do presidente Lula, aumentou de 179 para 253 prefeituras em relação às eleições anteriores. O PL, de Jair Bolsonaro, teve um crescimento ainda mais expressivo, passando de 351 para 523 prefeituras.

Para o cientista político Eduardo Grin, a reeleição de prefeitos no primeiro turno mostra que “a boa gestão foi reconhecida, independente da polarização política”. Prefeitos que entregaram bons resultados, independentemente de apoiarem Lula ou Bolsonaro, foram recompensados pelo eleitorado.

A disputa continua em outras duas capitais no segundo turno:

  • Cuiabá (MT): Abílio (PL) x Lúdio (PT)
  • Fortaleza (CE): André Fernandes (PL) x Evandro Leitão (PT)

Expectativas para o segundo turno

No próximo dia 27, o segundo turno acontecerá em 52 cidades com mais de 200 mil eleitores, incluindo 15 capitais. Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa obter mais da metade dos votos válidos — ou seja, 50% mais um.

(Catve e Brasil 61)

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