Graça Milanez Publisher do OBemdito

“A fé me salvou e salvou minha filha” afirma devota de Nossa Senhora Aparecida

Mãe de trigêmeos, Valéria Orlando conta como enfrentou os mais de cem dias de angústia, no hospital, diante de um problema grave que afetou sua Maria Eduarda

Família unida: Eduardo e Valéria com os trigêmeos Eloá, Maria Eduarda e Arthur - Fotos: Arquivo da família
“A fé me salvou e salvou minha filha” afirma devota de Nossa Senhora Aparecida
Graça Milanez - OBemdito
Publicado em 12 de outubro de 2024 às 16h19 - Modificado em 30 de janeiro de 2025 às 18h04

Que o Brasil tem milhões e milhões de devotos de Nossa Senhora Aparecida todos sabemos. Talvez por ser a nossa padroeira, é uma das representações de Maria de Nazaré que mais reúne seguidores no país. Ou, podemos dizer também, que Nossa Senhora da Conceição Aparecida é a mais popular entre as cerca de mil representações da Mãe de Jesus no mundo.

E que milhares desses devotos têm histórias emocionantes de graças recebidas pela Santa para contar também não há dúvida. Em Umuarama, Valéria Orlando, 34 anos, gerente de negócios de cooperativa de crédito, moradora do Jardim Colibri, está entre essa legião de pessoas que cultivam amor fervoroso por Nossa Senhora Aparecida. E para ela, a inabalável pode, sim, se transformar em verdadeiros milagres.

A gravidez

Seu testemunho é angustiante, mas tem final feliz. Ela passou por um momento delicado e diz ter superado “porque recebeu os cuidados da Mãezinha”. A história começa assim: ela queria ter filho, mas tinha o ovário policístico [que pode causar infertilidade]; teve que fazer um tratamento. Antes, pediu para que ‘Maria passasse na frente’ e conseguiu engravidar. Trigêmeos.

Como se tratava de uma gravidez de risco, fez promessas para Nossa Senhora Aparecida para que olhasse por ela. Prometeu que, se tivesse uma menina, daria o nome de Maria. E teve: Maria Eduarda, irmãzinha de Eloá e Arthur, hoje com 4 anos. “Como era uma gestação trigemelar, deu medo do parto, medo da prematuridade, de tudo”, conta Valéria. “Foram dias de muita preocupação!”.

“Um certo dia, participando do grupo ‘Caminhando com Maria’, recebi de uma mulher uma rosa com três botõezinhos; ao me entregar, ela disse que eu teria um parto saudável, que iria ficar tudo bem… Veja só: isso já era um cuidado de Nossa Senhora na minha vida! As crianças nasceram bem, graças a Deus e à Nossa Senhora!”, relembra. “Foi um alívio!”.

Porém, nasceram prematuras [de 7 meses] e tiveram que ficar no hospital [o parto foi em Maringá], mas somente com o objetivo de ganhar peso. Depois de 40 dias, quando tudo estava certo para receberem alta, o Arthur teve febre.

Dias de muita tensão

A alta dos trigêmeos foi cancelada e o Arthur teve que passar por vários exames para descobrir a causa da febre; ao mesmo tempo, o médico resolveu medir as crianças… Um resultado foi tenso: a cabeça da Maria Eduarda estava 1,5 centímetro maior que o normal. Poderia ser hidrocefalia ou uma hemorragia cerebral… Ela teve que voltar para a UTI. E o Arthur não tinha nada; os resultados dos exames foram todos negativos. “A febre foi só para ele salvar a vida da irmãzinha!”, deduz Valéria.

“Eu já estava querendo vir embora; já estava há muito tempo no hospital, mas sempre pedia, em oração, para voltar em segurança. O Arthur mostrou para nós, através do cuidado de Deus e Nossa Senhora, que Maria Eduarda não estava bem e aquele não era o momento de sair do hospital,”, acrescenta, lembrando que teve que repor as forças para continuar na luta.

Maria Eduarda foi submetida a vários exames e o resultado, segundo Valéria, foi também doloroso para a família: “Um quarto do cérebro dela estava comprometido, mas os médicos não sabiam o que poderia ser; disseram que não era hidrocefalia e que poderia ser um problema muito mais grave. Ia ter que operar”. 

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Maria Eduarda junto com os irmãos Eloá e Arthur: “vida salva” pela fé em Nossa Senhora Aparecida

Abscesso cerebral

A operação foi tranquila, porém, teve mais um desfecho triste: “Depois da cirurgia, veio a notícia de que Maria Eduarda estava com um abscesso cerebral, provocado por uma infecção hospitalar… Mais uma vez pensamos: ‘Se o Arthur não tivesse dado o sinal, eu teria saído do hospital e perdido a Maria Eduarda’, por isso não perdi a esperança”.

Maria Eduarda voltou para a incubadora e foi tratada com antibióticos. “Daí eu coloquei uma fraldinha bordada com a Nossa Senhora Aparecida do ladinho dela, para que ficasse com a Mãe Maria o tempo todo e pedi para que Ela intercedesse, cuidasse da minha filhinha, para que se recuperasse, para ir para casa. Arthur e Eloá já estavam em casa”.

A longa internação e Nossa Senhora Aparecida

Maria Eduarda ficou 111 dias internada. “Certo dia o médico me deu a notícia de que ela precisaria ser operada novamente. Daí chorei muito! Fui à Catedral, falei com o Padre, desabafei e pedi pra ele ir ao hospital batizar a Maria Eduarda; ele foi e me deu muito apoio: falou que a Maria Eduarda ia ficar bem, que voltaríamos bem para casa… No outro dia, o neurocirurgião veio dizendo que não iria mais operar, porque ela estava reagindo bem ao tratamento; e realmente não precisou; ela melhorou”.

Para Valéria, Maria Eduarda é um milagre: “Graças a Deus e a Nossa Senhora Aparecida ela é um milagre! Segundo os médicos, por causa do abscesso, ela poderia não andar, não falar… Pelo contrário, não ficou com nenhuma sequela…Até o cirurgião chegou a dizer que deveria ter alguém lá no céu olhando muito para ela, porque o que ela teve era muito grave e não ter ficado com sequela foi mesmo surpreendente… Enfim, dias de muito sofrimento se passaram, mas a graça tão esperada chegou! Imagine o alívio no meu coração? Agora eram lágrimas de felicidade! Agradeci muito por essa intercessão divina!”

Com intenção de fazer um alerta, ela acrescenta: “Pode acreditar: quando confiamos e nos entregamos às providências divinas, milagres acontecem!”

Marido ao lado

Valéria, casada com Eduardo Zanatto, não enfrentou todo esse drama sozinha. “Meu marido me deu muito apoio! Olha só: uns meses antes das crianças nascerem, ele foi demitido do trabalho, mas sempre confiando nas promessas de Deus, não se desesperou, nem nos desamparou; pelo contrário, isso fez com que pudesse ficar do meu lado o tempo todo… e ficou: acompanhou tudo; sem ele, não teria aguentado!”.

Ela diz que ele é um paizão: “É um pai maravilhoso! Tem muito orgulho dos filhos… Uma bênção! No hospital, nos momentos de muita dor, ele afirmava, categórico: ‘Nossa Mãezinha falou que a gente vai levar os três para casa, então nós vamos levar os três para casa’… Também teve muita fé, o tempo todo”. Eduardo atualmente é encarreado de expedição de uma indústria de colchões.

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Os trigêmeos Maria Eduarda, Arthur e Eloá, em dia de novena: fé já implantada nos ‘coraçõezinhos’ deles

Fé herdada em Nossa Senhora Aparecida

Perguntada sobre desde quanto cultiva a fé em Nossa Senhora Aparecida, ela dá uma resposta incisiva: “Desde quando me entendo por gente”. E justifica: “Porque eu também vivi um milagre!”

Com 40 dias de vida teve meningite. “E aí fui desenganado pelos médicos, mas minha mãe fez uma promessa a Nossa Senhora Aparecida e fui salva… Cresci vendo a fé da minha mãe e sendo ‘devotinha’ desde de cedo!”

Devoção a cinco em Nossa Senhora Aparecida

Com os três filhos crescidos, com saúde e, como a maioria das crianças, espertos e amáveis, Valéria considera-se uma vencedora; cheia de paz interior, diz não ter dúvida de que tem proteção de Nossa Senhora Aparecida: “É Ela na minha vida, na vida das crianças, na vida da minha família… Nós vencemos!

E mantém a fé: “Esta fé que recebi ainda criança já coloquei nos coraçõezinhos deles, já os levei à Aparecida do Norte, já pagamos promessa juntos e eles vão crescer, vendo tudo o que a Nossa Senhora Aparecida fez e faz por nós!”

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