
Professor de Umuarama que estava na Flórida fala sobre a passagem do furacão Milton
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Marcelo Marques contou a experiência e como ele e seus familiares lidaram com a situação

Marcelo Marques, professor do campus de Umuarama da Universidade Estadual de Maringá (UEM), vivenciou de perto a passagem do furacão Milton pela Flórida, nos Estados Unidos, enquanto realizava um projeto científico no país. Marques, doutor em Engenharia de Recursos Hídricos e Tecnologias Ambientais, estava de férias com a família, mas decidiu seguir com os planos mesmo diante da aproximação do fenômeno natural.
Em um vídeo publicado nesta quinta-feira (10) nas redes sociais, o professor contou a experiência ao Movimento Saúde, contando como ele e seus familiares lidaram com a situação. “Conforme as previsões iam traçando a linha de destruição, é natural que a apreensão aumentasse. A linha de trajetória chegou a ser traçada cruzando o estado da Flórida e passando exatamente sobre o nosso hotel há quatro dias”, explicou.
Embora o furacão não tenha atingido diretamente a área onde estavam, Marques afirma que a incerteza foi grande. “Caso a previsão se mantivesse, faríamos um deslocamento de dois dias para o norte, a pouco mais de 15 quilômetros, para aguardar a passagem do furacão, o que não foi necessário”, disse ele.

Destruição e mortes
Apesar da diminuição da intensidade do furacão, que passou de categoria 5 para 3 ao tocar o solo da Flórida na noite do último dia 9, o fenômeno deixou um rastro de destruição, com casas e carros danificados e pelo menos 10 mortes confirmadas em diversas cidades do estado. A cidade de St. Petersburg foi uma das mais atingidas, com sérios danos à infraestrutura, incluindo o colapso do telhado do estádio Tropicana Field e falhas no abastecimento de água.

Mais de 4 milhões de famílias ficaram sem energia elétrica, agravando os efeitos do furacão, que atingiu a região apenas duas semanas após a passagem do furacão Helene. No início desta quinta-feira (10), Milton já havia se enfraquecido para a categoria 1, com ventos de 135 km/h, e seguiu em direção a Cabo Canaveral.

Marques contou ainda que, apesar da tensão, a estrutura e a preparação dos Estados Unidos para lidar com desastres naturais fizeram com que a situação fosse mais tranquila do que poderia ter sido. “O país está tão preparado para lidar com esses extremos que praticamente o único impacto foi que o dia que tiraríamos para descansar, passamos no hotel, ou seja, não trouxe nenhuma importunação à nossa viagem”, concluiu.

