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Ambulatório de Infectologia realiza série de capacitações sobre o combate à sífilis

Dr. Ricardo Delfini Perci coordena treinamentos com dentistas, acadêmicos de Odontologia e de Enfermagem

Foto: Assessoria PMU
Ambulatório de Infectologia realiza série de capacitações sobre o combate à sífilis
Redação - OBemdito
Publicado em 15 de outubro de 2024 às 18h11 - Modificado em 19 de maio de 2025 às 23h39

Uma das doenças mais antigas do mundo, a sífilis ainda é motivo de preocupação para as autoridades de saúde. Em Umuarama os trabalhos de cuidados com os pacientes é feito no Ambulatório de Infectologia da Secretaria Municipal de Saúde, que preparou uma série de ações em referência ao Dia Mundial de Combate à Sífilis (comum) e à Sífilis Congênita (comemorado no terceiro sábado de outubro).

Os trabalhos foram iniciados na tarde da última sexta-feira (11) pelo médico infectologista Ricardo Delfini Perci, que realizou uma capacitação com acadêmicos dos 4° e 5° anos do curso de Odontologia da Universidade Paranaense (Unipar).

Na palestra, realizada na sala 5 do campus I da universidade, ao menos 40 acadêmicos do curso ouviram do infectologista que a sífilis chegou e ficou, propagando-se em especial em tempos de guerras. “Há registros de seus sintomas de milhares de anos atrás.

A medicina moderna identificou a bactéria causadora da doença (Treponema pallidum) em 1905, mas a cura só veio com a invenção da penicilina, em 1943. É curável e exclusiva do ser humano, tendo como principal via de transmissão o contato sexual. Também pode ser transmitida por sangue contaminado”, especifica.

O tratamento, segundo Dr. Perci, é feito com antibióticos e deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais. “A sífilis é uma infecção curável, com tratamento relativamente simples, mas pegar uma vez não promove imunidade. Nas formas mais graves da doença, como na fase terciária, o não tratamento adequado pode levar à morte”, alerta.

Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença, que se divide em latente – quando não aparecem sinais ou sintomas –, primária – quando há uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio.

Secundária – quando aparecem manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo – e terciária – que pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção, com lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas.

Especificamente aos acadêmicos de odontologia, Dr. Perci Mostrou as lesões de cavidade nas IST (infecções sexualmente transmissíveis), podendo ser diagnosticadas pelos odontólogos, que devem tomar as precauções cabíveis e encaminhar imediatamente o paciente para tratamento.

“Também aproveitamos a oportunidade para falar sobre prevenção de ISTs, tema caríssimo para que todos conheçam mais sobre a sífilis e possam especializar-se, oferecendo um tratamento de qualidade a seus pacientes”, observou.

Maria de Lourdes Gianini, coordenadora do Ambulatório comenta que a próxima capacitação será na terça-feira (15) no auditório da Secretaria Municipal de Saúde e será dirigida a médicos da Atenção Primária em Saúde (APS) e do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).

“No dia 28 o médico infectologista volta à Unipar para capacitação com acadêmicos do curso de Enfermagem e no dia 29 para os acadêmicos de Enfermagem”, relata.

(Assessoria PMU)

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