Graça Milanez Publisher do OBemdito

“Clamei a Deus para uma segunda chance” diz mulher que venceu o câncer de mama

Exemplo inspirador, Cleo Uchôa assegura ter enfrentado a doença porque tinha uma missão importante

Cleo Uchôa, 44 anos: “Eu sou a prova de que há vida após o câncer” - Fotos: Graça Milanez/OBemdito
“Clamei a Deus para uma segunda chance” diz mulher que venceu o câncer de mama
Graça Milanez - OBemdito
Publicado em 26 de outubro de 2024 às 14h46 - Modificado em 30 de janeiro de 2025 às 16h16

Apesar das dificuldades, o amor, a fé e a resiliência podem nos guiar em tempos sombrios. Essa é a mensagem que Cleonice Uchôa, 44 anos, transmite quando relembra sua história de enfrentamento e cura de uma das doenças mais temidas por todos nós, o câncer. Cleo, mãe de Adriely Uchôa, 24 anos, e Ana Clara Uchôa, 13 anos, e avó da Helena, dois meses, enfrentou um dos maiores desafios de sua vida ao ser diagnosticada com câncer de mama.

Diagnóstico e o início da luta

Na época, as filhas tinham 18 e 7 anos, o que como resultado intensificou ainda mais seu medo. O pensamento de que as meninas poderiam crescer sem ela era um pesadelo que só aumentava sua dor. “Eu rezava para que isso não acontecesse, pois minhas filhas precisavam muito de mim”, conta Cleo, que, em 2015, se separou do marido. “Era só eu e elas”, ratifica.

Logo depois que percebeu que tinha um nódulo na mama, Cleo foi ao médico, fez os exames e veio a confirmação: eram dois nódulos, na verdade, um ‘escondido’ sob o mamilo e, como resultado, ela não conseguiu senti-lo no toque. “De início, não passou pela minha cabeça que poderia ser um tumor maligno, porque eu sempre cuidava muito da minha saúde, fazia todos os exames preventivos, fazia academia, mantinha a alimentação saudável… Sabe aquela história de acreditar que nunca vai acontecer com você? Então, passei por isso”, relembra Cleo, que é vendedora da Retook.

O tratamento e os desafios para vencer o câncer

Tudo começou em março de 2018. Depois que fez mamografia e ultrassom, o médico viu os resultados e revelou que os nódulos eram suspeitos e preocupantes, um deles [o que estava ‘escondido’] bem agressivo. “Aí que começou o drama de verdade: cirurgias, quimioterapias… Dor física, somada com o sofrimento emocional… não foi fácil! Eu pensava nas minhas filhas o tempo todo”.

Em um mês já tinha passado pela mastectomia para vencer o câncer. “O médico falou que precisava ser rápido, que precisávamos ‘correr’ em busca da cura…” Assim que ouviu o diagnóstico, diz ter tido a impressão de que o mundo tinha desabado sobre ela: “Mas em momento algum perdi minha fé; pedia para Deus não me levar porque ainda tinha uma missão: criar minhas filhas. Nossa! Clamei muito por uma segunda chance!”

E foi nessa missão que se agarrou, acima de tudo, cheia de esperança: “Os efeitos colaterais das quimioterapias eram insuportáveis! Me deixavam esgotada! Cheguei, sim, algumas vezes a pensar em desistir, não vou negar… Mas daí lembrava das minhas filhas: eu precisava estar aqui por elas; isso me motivava a continuar na luta para venceu o câncer”.

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Cleo Uchôa, 44 anos: “A dor me ensinou a ser mais grata e a nunca perder a esperança”

Cinco anos na luta!

No ano passado, a notícia tão aguardada finalmente chegou: Cleo recebeu alta da oncologia. Foram cinco anos, período em que passou por cinco cirurgias [incluindo as relacionadas à reconstrução da mama], todas feitas pelo SUS. “O alívio foi imenso, e a sensação de vitória indescritível. Foi como se eu tivesse nascido de novo. Agradeci a Deus por me dar a oportunidade de continuar ao lado das minhas filhas”.

Hoje, Cleo diz viver sua vida plenamente. Ela acompanha o crescimento de suas filhas com um coração cheio de gratidão e acredita que sua jornada foi um testemunho da importância da fé e da persistência. “Passei por muita dor e medo, mas também aprendi a valorizar cada dia, a ser mais grata e a nunca perder a esperança, não importa o quão grave seja a situação.”

Ela agora se dedica a ajudar outras mulheres que estão passando pela mesma situação, compartilhando sua história de superação e transmitindo a mensagem de que é possível vencer: “Eu sou a prova de que há vida após o câncer. Acredito que com fé, força e amor conseguimos superar qualquer desafio”.

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