
PF cumpre 54 mandados no Paraná e outros Estados em operação contra fraudes em licitações do DNIT
A operação também ocorre no Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal


A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta terça-feira (5) 54 mandados de busca e apreensão no Paraná e outros seis estados em um esquema de fraude em licitações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A ação acontece com a Receita Federal e a Controladoria Geral da União.
No Paraná estão sendo cumpridos 43 mandados, 18 deles em Curitiba. Em Maringá são seis. Além disso, as buscas ocorreram nos Estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo e no Distrito Federal.
Veja as cidades do Paraná onde são cumpridos os mandados:
- Curitiba 18
- Londrina 6
- Rolândia 2
- Maringá 6
- Goioerê 1
- Cascavel 3
- Guarapuava 2
- Pato Branco 1
- Marechal Cândido Rondon 4
Polícia Federal cumpre mandados da Operação Rolo Compressor
A Operação Rolo Compressor mira desarticular esquema de corrupção, licitação fraudulenta e desvios de recursos públicos envolvendo funcionários públicos vinculados à Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Paraná (DNIT/PR). A ação desta terça-feira é uma continuação de operação deflagrada em janeiro de 2022.
A investigação apontou que, entre 2011 e 2022, funcionários públicos do DNIT perceberam valores ilícitos de empresas que mantinham contratos com o poder público. As investigações mostraram que servidores aprovavam obras de rodoviárias superfaturadas ou com outras irregularidades.
A Receita Federal, após o afastamento do sigilo fiscal dos envolvido, fez um trabalho de avaliação patrimonial. Foi possível constatar que servidores do órgão detinham um patrimônio não compatível com a renda por eles auferida, explicou o Auditor-fiscal da Receita Federal Leandro Cavichioli Peixoto.
“Como, por exemplo, um engenheiro do órgão tinha um patrimônio declarado de R$ 100 mil. Após 10 anos, esse patrimônio passou a R$ 2,9 milhões, um aumento de 29 vezes”, citou Peixoto.
No trabalho realizado pela Receita Federal, também foi observado que empresas associadas aos servidores envolvidos eram de fachada, não detinham capacidade operacional e nem funcionários, e eram utilizadas simplesmente para a lavagem do dinheiro.
(OBemdito e GMC Online)