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Oito pessoas são alvos da PF em Umuarama durante megaoperação contra o tráfico de cocaína

As equipes também cumprem 22 mandados de busca e apreensão na cidade

Oito pessoas são alvos da PF em Umuarama durante megaoperação contra o tráfico de cocaína
Redação - OBemdito
Publicado em 12 de novembro de 2024 às 09h01 - Modificado em 19 de maio de 2025 às 21h49

A megaoperação “Pó de Serra”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (12) em Umuarama e outras sete cidades do Paraná e Mato Grosso do Sul, mira em um grupo criminoso suspeito de lucrar cerca de R$ 389 milhões com o tráfico de cocaína no Paraná e Santa Catarina. Em Umuarama, as equipes estão cumprindo 22 mandados de busca e apreensão, além de oito mandados de prisão.

As informações foram prestadas pelo delegado Pedro Turin, da Polícia Federal. Cerca de 160 policiais federais foram mobilizados para o cumprimento de todos os 63 mandados em Umuarama, Guaíra, Rolândia, Maringá, Icaraíma, Amambaí (MS), Naviraí (MS), Mundo Novo (MS). Além disso, há 10 alvos de mandados de prisão no Paraguai que foram incluídos na lista da Interpol.

Veja abaixo a lista de mandados:

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Investigação

As investigações tiveram início no fim de 2023, quando um casal foi preso em flagrante em Guaíra por transportar 53 quilos de cocaína – droga que seria entregue em Umuarama. Durante o inquérito policial foi possível vincular outros 11 flagrantes de tráfico de drogas relacionados à mesma organização, o que resultou em quase uma tonelada da droga. Todavia, a PF estima que o grupo atua desde 2020 e que teria transportado mais de 20 toneladas.

Ainda segundo a PF, os motoristas normalmente carregavam a droga em Pedro Juan Caballero e desciam até a região de Katueté, no Paraguai, através de rodovia brasileira que corta as cidades de Amambai, Tacuru e Sete Quedas, no Mato Grosso do Sul. Dentro do Paraguai os criminosos decidiam se retornavam para o Brasil na região de Guaíra ou Foz do Iguaçu, no Paraná. O destino da droga incluía diversas cidades, dentre elas Umuarama, Maringá e Curitiba, assim como cidades em Santa Catarina como Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville.

No transporte da droga o grupo utilizava homens e mulheres, simulando um casal, com a finalidade de dissimular o real motivo da viagem em caso de abordagens policiais ocorridas no trajeto.

Cumprimento de mandados

Foi determinado o sequestro de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de contas no valor de até R$ 389 milhões vinculadas a 31 investigados. A investigação contou com o apoio do GISE (Grupo de Investigações Sensíveis) da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD/PY) e a deflagração teve apoio de equipes do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) da Polícia Militar do Paraná e do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (TIGRE) da Polícia Civil do Paraná.

Os envolvidos deverão responder pela prática de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e participação em Organização Criminosa. Os crimes possuem penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 55 anos de prisão.

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