
Mãe umuaramense compartilha experiência de criar um filho que tem síndrome de Down
Há dois meses quando João nasceu, de parto normal, no hospital Cemil e vida de uma família umuaramense mudou. Não […]


Há dois meses quando João nasceu, de parto normal, no hospital Cemil e vida de uma família umuaramense mudou. Não só pelo fato de um novo membro ter chegado, mas por conta da trissomia do cromossomo 21, ou seja: síndrome de Down.
Os exames de pré-natal e todo acompanhamento feito durante a gestação não apontaram nenhuma alteração no desenvolvimento de João e mesmo após o nascimento, como os traços físicos que indicam a existência da síndrome são muito leves, quando o médico pediu exames para averiguar a possibilidade da trissomia, a mãe, Josi Batista, de 36 anos, ficou assustada.
“Ninguém espera isso. Eu ficava falando: ele não tem, porque as marcas na mão são normais. Ele não tem porque não faz isso, aquilo. E uma amiga minha sempre dizia: mas nem toda criança com Down é assim, ele tem. Às vezes eu até ficava braba com ela”, relembra.

Enquanto aguardava o exame para confirmar ou descartar a trissomia, uma consulta de rotina na Unidade Básica de Saúde apontou para a mesma direção. “Eu vi que o médico estava procurando sinais, mas deixei ele terminar o exame e aí falei: eu sei o que o senhor está procurando, estou aguardando o resultado”.
O que chamou atenção dos profissionais de saúde foi a maneira como a língua de João ficava. Com o diagnóstico positivo veio uma experiência totalmente nova para uma mulher que já era mãe de quatro filhos (gêmeos de 2 anos, e adolescentes de 13 e 16).
INTERNET
Sem romantizar e colocando a maternidade real nas redes sociais, Josi fez um relato que já foi curtido mais de 8 mil vezes nas redes sociais. A rotina de cuidado com João e o desenvolvimento do bebê são compartilhados também por meio do Instagram e servem de inspiração para outras mães que têm filhos Downs.
Muita gente entra em contato in box, outras comentam o relatado e pedem orientações sobre como proceder. Há ainda desabafos. “Tem uma mãe que teve a sua primeira bebê e que agora está com medo de ter outros filhos e eles nascerem assim também. Eu sei que não é fácil. Para mim foi uma situação diferente porque eu já tinha quatro filhos, mas a ideia é promover esse debate mesmo, ajudar”, explica Josi.

João é uma criança grande, responde aos estímulos visuais e tem sustentação na cabeça. Além disso, diferente da maioria das crianças que têm síndrome de Down, ele não possui problemas cardíacos. Apesar da pouca idade, ele também frequenta a APAE onde passa por sessões de fisioterapia e fonoaudiologia.
“Já teve mãe que foi até a APAE depois de ver post, porque não sabia que havia esse apoio lá desde tão cedo”, conta.
CRIAÇÃO
Dentro da casa de Josi todos os filhos são criados da mesma maneira, assim como João. “Sobre a criação eu sei que não vou educar para ser coitadinho. Sei que vai ser difícil porque agora ele é bebê, ele é branquinho, mas quando crescer as coisas vão ser mais difíceis. Mas eu não vou criar ele diferente, não”.


Confira o relato que viralizou aqui.