
General preso por envolvimento no plano de matar Lula tinha ‘supersalário’ na Câmara
Ele foi nomeado em março de 2023 para um cargo especial no gabinete de Pazuello


Mário Fernandes, o geral preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (19), por suspeita de envolvimento no plano de 2022 para um golpe de Estado que previa os assassinados do presidente Lula, vice Geraldo Alckmin e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, tinha um “supersalário” na Câmara, no gabinete do deputado Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro.
A nomeação de Mário Fernandes ocorreu em março de 2023 no gabinete de Pazuello. A função, com código CNE 09, só pode ser ocupada por pessoas com nível superior completo e o salário é de R$ 15,6 mil – o segundo maior deste tipo.
Fernandes permaneceu no cargo até março deste ano, quando foi exonerado a pedido da liderança do PL. Ele também foi citado no inquérito que investiga Bolsonaro, ex-ministros e oficiais das Forças Armadas por suspeita de envolvimento no plano do golpe de Estado para impedir a posse de Lula, e por isso Alexandre de Moraes o proibiu de ocupar cargos públicos.
Operação Contragolpe
Além de Fernandes, a Operação Contragolpe também prendeu o tenente-coronel Helio Ferreira de Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram executados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.
De acordo com a PF, os investigados são, em maioria, militares com formação em Forças Especiais.
(OBemdito, com informações do Metrópoles)