Rodrigo Mello Publisher do OBemdito

Jovem de Umuarama supera limitações e conclui ensino médio em escola regular

Maria Eduarda nasceu com hemiparesia e tem parte da visão comprometida, comunica-se por meio da linguagem de sinais e enfrenta outras limitações físicas e cognitivas

Jovem de Umuarama supera limitações e conclui ensino médio em escola regular
Rodrigo Mello - OBemdito
Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 20h48 - Modificado em 19 de maio de 2025 às 20h07

Maria Eduarda Branco Leonel, de 19 anos, moradora de Umuarama, tornou-se um exemplo de superação ao concluir o ensino médio em uma escola regular. Filha do gerente comercial Udnilson Leonel e da dona de casa Solange Branco Leonel, a jovem nasceu com hemiparesia no lado esquerdo do cérebro (equivalente a uma paralisia cerebral), devido a uma má-formação durante a gestação.

Apesar das adversidades, a formatura foi celebrada nesta terça-feira (10), no Centro Cultural Vera Schuber, com grande entusiasmo pela família. Estudante do Colégio Estadual Monteiro Lobato, Maria Eduarda tem parte da visão comprometida, comunica-se por meio da linguagem de sinais e enfrenta outras limitações físicas e cognitivas. Ainda assim, segundo a família, ela superou diagnósticos iniciais pessimistas que previam uma vida restrita a uma cama.

“Os médicos disseram que ela ficaria em uma cama e, pela lesão que tinha, não faria nada do que faz hoje. Mesmo com suas limitações, ela faz de tudo. O neurologista dela fica impressionado com sua capacidade”, afirma Adriana Leonel Freitas, tia paterna de Maria Eduarda.

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Natural de Maringá, norte do Estado, a jovem mudou-se para Umuarama ainda criança e, após frequentar a Educação Especial por um pequeno período, ingressou na escola regular. A decisão, tomada pelos pais, tinha como objetivo garantir sua inclusão. “Ela e seus pais nunca definiram aquele diagnóstico como uma sentença. Sempre lutaram para dar qualidade de vida e pela igualdade dela perante a sociedade”, diz Adriana.

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Durante o período escolar, Maria Eduarda contou com o apoio de uma professora especializada, que adaptava os conteúdos às suas necessidades. Apesar disso, as atividades em grupo eram realizadas de forma inclusiva, com a jovem participando ativamente.

“A apresentação dos trabalhos, os outros alunos sempre queriam incluir ela, porque, apesar de suas limitações, ela sempre é a primeira a querer estar lá na frente para participar das atividades”, afirma a tia.

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Além do desempenho acadêmico, a jovem também é engajada em práticas esportivas e atividades de lazer, como equoterapia, pescaria, bicicleta e tirolesa. Atualmente, ela frequenta aulas de capoeira. “Ela participa de muitas atividades, é aventureira e ama a vida acima de tudo. Ela nunca deixou de fazer as coisas por conta das limitações”, conta Adriana.

Com o término do ensino médio, Maria Eduarda planeja dedicar-se às aulas de Libras (Língua Brasileira de Sinais) como preparação para o ingresso no ensino superior. “Minha cunhada ainda não sabe onde ela vai estudar, mas a ideia é encontrar um lugar onde ela possa cursar o ensino superior”, destaca.

E segue: “Agradecemos a todos os professores e educadores que ajudaram ela a chegar até aqui. Eles fazem parte de toda essa conquista, assim como os profissionais do Colégio Monteiro Lobato, que abraçaram a nossa menina”, finaliza Adriana.

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