Redação Publisher do OBemdito Chuva de meteoros geminídeas promete show noturno nesta sexta-feira; confira como observar
Esse fenômeno recebe o nome porque o ponto de origem aparente dos meteoros está localizado na constelação de Gêmeos, chamada Gemini
O pico da chuva de meteoros Geminídeas acontece nesta sexta-feira (13) e promete ser um dos espetáculos celestes mais intensos do ano. Quem observar o céu com atenção poderá avistar meteoros provenientes do asteroide 3200 Phaethon, que deixam rastros luminosos marcantes ao cruzarem a atmosfera terrestre.
Esse fenômeno, que teve início no final de novembro, é chamado de “Geminídeas” porque o ponto de origem aparente dos meteoros, conhecido como radiante, está localizado na constelação de Gêmeos, chamada Gemini na terminologia científica. Por conta dessa localização, a chuva é mais visível no hemisfério Norte. Contudo, também é possível observá-la no hemisfério Sul, desde que as condições meteorológicas e de visibilidade sejam favoráveis.
A origem das Geminídeas está nos fragmentos deixados pelo asteroide 3200 Phaethon, uma particularidade entre as chuvas de meteoros, já que a maioria delas tem como fonte os cometas. Phaethon, conhecido como Faetonte em português, é um corpo celeste intrigante. Embora classificado como asteroide, ele apresenta características similares às de um cometa, como a liberação de partículas em sua trajetória orbital.
Faetonte completa uma órbita ao redor do Sol em cerca de 1,4 ano. Em algum momento de sua história, ele colidiu com outro objeto, espalhando fragmentos que permanecem ao longo de sua órbita. Quando a Terra cruza essa região do espaço, as partículas penetram na atmosfera em altíssima velocidade, aquecendo-se, se incendiando e esse processo gera os rastros brilhantes que encantam os observadores e caracterizam as chuvas de meteoros.
Para aproveitar ao máximo o evento, é recomendável buscar locais afastados da poluição luminosa urbana e torcer por um céu limpo. Assim, será possível apreciar o brilho e a intensidade das Geminídeas, que marcam presença no calendário astronômico todos os anos.
O mito de Faetonte
O asteroide 3200 Faetonte leva o nome de uma figura da mitologia grega. De acordo com os relatos mitológicos, Faetonte era filho da ninfa Clímede e do deus Hélio, o Sol. Determinado a provar sua ascendência divina a Épafos, um amigo cético, e aos moradores da aldeia, Faetonte pediu ao pai para conduzir sua carruagem celestial, responsável por levar o brilho do Sol ao mundo.
Ao assumir o controle da carruagem, Faetonte rapidamente percebeu que não tinha habilidade para domar tamanha força. Sem conseguir manter a rota indicada pelo pai, ele alternava entre se aproximar demais ou se afastar muito da Terra. Essas variações provocaram mudanças climáticas catastróficas. Para evitar uma destruição maior, Zeus, o rei dos deuses, lançou um raio em Faetonte, derrubando-o do céu e encerrando sua jornada de forma trágica.
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