
A partida de Irineu Lupepsa, o alfaiate de estilo irretocável que ajudou a fundar Umuarama
Ele faleceu na sexta-feira, aos 82 anos, de problemas cardíacos, e deixa um legado de profissionalismo e perseverança


A semana passada foi marcada por uma grande perda. Umuarama se despediu de um de seus primeiros alfaiates, Irineu Lupepsa. Ele faleceu aos 82 anos, de problemas cardíacos. Desde 1980, atendeu na Alfaiataria Brasil, que funciona até hoje, na rua Arapongas, em frente ao Colégio Alfa, junto com o sócio fundador Rafael Cândido, que segue o legado.
Lupepsa, que era viúvo da esposa Neiva, deixou a esposa Neiva, os filhos Aurélio, Andréia e Ângela, cinco netos e quatro bisnetos. Permaneceu casado por 51 anos, uma feliz união. Neto de ucranianos, o alfaiate foi um dos primeiros a se estabelecer na cidade, que ajudou a fundar. Chegou por estes lados em 1956, quando tudo ainda era mato. A família mostra fotos em que ele, os pais José e Maria e os irmãos trabalham arduamente no desbravamento da então Gleba Umuarama.
Irineu Lupepsa sempre foi considerado à frente do seu tempo. Uma curiosidade é que, na adolescência, se aventurou como ator de teatro. A arte nunca o deixou. Aos 18 anos assumiu a máquina de costura e, junto dela, manteve o senso criativo nas peças de roupas, vestindo com milhares de pessoas com um estilo único e irretocável.
Era mestre nos ternos, sua especialidade. Dono de traços firmes e linhas irretocáveis, apreciava a alta costura, tornando-se referência em sua atividade. Cada encomenda era tratada como única, o que elevava seu grau de entrega e profissionalismo.
O coração do alfaiate sempre bateu forte por Umuarama. Ele não escondia o sentimento de amor e agradecimento à cidade que escolheu para viver e prosperar. A cidade que também o viu partir, depois de cumprir sua bela missão, às 23h35 da última sexta-feira (13/12).