
Bosque Uirapuru recebe ação de controle de caramujos por agentes de endemias
Além de infestar os bosques e matas da cidade, o caramujo também pode ser encontrado em quintais e residências


Uma equipe de agentes de combate a endemias (ACE) da Secretaria Municipal de Saúde esteve no Bosque Uirapuru, na última segunda-feira (16), para realizar a coleta de caramujos da espécie Achatina fulica, originária da África. Esses animais tornam-se mais visíveis após períodos de chuvas, devido à umidade do solo. O Serviço de Vigilância em Saúde Ambiental combate o caramujo por representar riscos à saúde da população e ao meio ambiente.
O caramujo africano pode transmitir duas zoonoses: a meningite eosinofílica, causada pelo verme Angiostrongylus cantonensis, que passa pelo sistema nervoso central antes de se alojar nos pulmões, e a angiostrongilíase abdominal, doença já registrada no Brasil, embora transmitida por outros animais. Muitas vezes, a doença é assintomática, mas em alguns casos pode levar ao óbito devido à perfuração intestinal e peritonite.
Além de infestar bosques e matas da cidade, onde está presente em todo o Paraná e em 23 estados brasileiros, o caramujo também pode ser encontrado em quintais e residências. A coordenadora da Vigilância Ambiental, Taila Biaca Crivelaro, alerta a população a manter o quintal limpo, sem acúmulo de materiais que possam servir de abrigo para o animal, como lixo, restos de materiais de construção e mato alto.
Caso seja necessário coletar o caramujo manualmente, é essencial proteger as mãos com luvas e colocar os animais em sacos plásticos, que devem ser bem fechados e descartados no lixo orgânico. “O uso de cal virgem também é recomendado após a limpeza, para evitar o surgimento de novos caramujos. A Vigilância Ambiental realiza coleta apenas em logradouros públicos”, complementa Taila.
Os caramujos coletados no Bosque Uirapuru foram devidamente descartados no aterro sanitário municipal.

(Com informações assessoria PMU)